Bienal de Artes de São Paulo de 2020 começa em fevereiro
Sob a curadoria de Jacopo Crivelli, evento adota formato alongado, com pequenas mostras já no começo do ano
Em 2020, em sua 34ª edição, a Bienal de São Paulo começará mais cedo. Em fevereiro, parte do Pavilhão Ciccillo Matarazzo, no Ibirapuera, será ocupada por uma mostra da peruana Ximena Garrido-Lecca, que participou em 2015 da Bienal do Mercosul em Porto Alegre e investiga a história de seu país, dando ênfase às consequências da colonização espanhola. Na mesma época, o músico Neo Muyanga, de Soweto, realiza a performance inédita A Maze in Grace.
A dobradinha “mostra mais performance” se repete em abril com Clara Ianni e León Ferrari (1920-2013). A paulistana – autora de Forma Livre (2003), vídeo em que os arquitetos Oscar Niemeyer (1907-2012) e Lúcio Costa (1902-1998) são indagados sobre a morte de trabalhadores na construção da cidade – exibe seus trabalhos no prédio do Parque Ibirapuera, enquanto tem vez uma ação escrita pelo argentino, chamada Palabras Ajenas (1965-1969).
Em julho, o formato “dilatado” da Bienal conta com mais uma atividade: a exposição da americana Deana Lawson, que traz fotos inéditas feitas em Salvador. “Essas mostras e performances são como prólogos da exposição maior, que será aberta em setembro. De modo geral, elas não têm ambição de darem respostas definitivas, mas sim lançar questões e indagações”, afirma Jacopo Crivelli, curador da 34ª Bienal de Artes de São Paulo. Em tempo, na abertura da grande mostra, será realizada a performance inédita A Ronda Da Morte, de Hélio Oiticica (1937-1980).