Como é a biblioteca particular de Zeca Camargo?
"Para mim, livros são prioridade", afirma apresentador que tem mais de 1 000 títulos em sua casa em São Paulo

O apresentador e jornalista Zeca Camargo, de 57 anos, tem uma biblioteca particular com mais de 1 000 livros em sua casa no Jardim Europa. Os títulos etão por toda parte, varanda, quarto, sala e se acomodam principalmente em duas estantes grandes.
Zeca tem em seu acervo títulos que comprou em suas primeiras viagens a Nova York. “Era um vexame, enchia a mala de livros, minha bagagem ficava pesadíssima. Alguns publicações, sobre bandas como The Smiths, só chegariam muito tempo depois no Brasil.”

“Também em Nova York, nesses esquemas meio mochilão que eu fazia, comprei dois catálogos do Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMa). Um era de uma exposição que eu vi e pirei. Chamava High and Low (Modern Art, Popular Culture) e mostrava que a arte não é só a alta cultura”, relembra ele, que ainda acrescenta: “E tinha outro livro, que era sobre uma mostra que trazia Picasso e artistas primitivistas. Era uma sacada incrível, porque relaciona o cubismo a um imaginário vindo da arte africana.”
Antes da carreira no jornalismo, o apresentador estudou administração de empresas na Fundação Getúlio Vargas e trabalhou na galeria de arte do marchand Paulo Figueiredo (1947-2006). Na sua trajetória de super leitor, ele tem boas companhias. Na matéria de capa Defesa Apaixonada dos Livros, de VEJA SÃO PAULO, cinco outros devoradores e colecionadores de obras também são apresentados.

Autor de cinco livros, incluindo uma biografia sobre a cantora Elza Soares, o jornalista foi estimulado pela família a colocar a leitura em um lugar especial. “Eu era fã de fascículos. Ficava fascinado quando meu pai me trazia as coleções. Muita coisa era editada pela Abril. ‘Mitologia’, ‘Povos e Países’, me lembro dos títulos até hoje”, conta ele, que em suas primeiras aventuras por palavras e páginas passeou pela coleção infantil A Vaca Voadora e, mais tarde, pelos romances de mistério de Agatha Christie (1890-1976).
“Brigo muito com quem critica Harry Potter. É um livro incrível, bem escrito, você vê os adolescentes abraçados nele. Para mim, tanto faz a porta de entrada, o importante é as pessoas conheceram leitura por prazer, sem obrigação”, defende o mineiro de Uberaba, que veio aos 4 anos com sua família para São Paulo, onde cresceu.

Com uma rotina apertada, Zeca não tem um momento ideal para leitura e dá um caminho. “Leio em qualquer situação. No táxi, na ponte aérea, quando tem gente em volta de mim, até mesmo numa redação. Para quem não tem muito tempo, a leitura fragmentada é um treino bacana.” Outro macete que podemos aprender com ele é deixar uma pilha de livros perto da porta de entrada da casa, em uma espécie de lembrete e fila de próximas leituras.

O acervo do jornalista deve continuar a crescer nos próximos anos. Em seu apartamento no Rio de Janeiro, há outra parte de sua coleção, agora em uma prateleira que fica perto do teto e acompanha a planta do espaço integrado, onde fica a cozinha e a sala. “Para mim, livro é prioridade. Eu deixo de comprar outras coisas para comprá-los”, conclui Zeca.
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