Arte erótica? Confira quais obras estão no 4º Festival Vórtice
Mostra reúne mais de cem trabalhos inéditos sobre erotismo, sexualidade e diversidade

A quarta edição do Festival Vórtice acontece até o dia 29 de junho no Espaço República, na Avenida São Luís. O objetivo é destacar obras que enfrentam resistência em outros espaços expositivos — seja pelo teor explícito ou por abordagens sujeitas à censura. A classificação indicativa é 18 anos.
Nesta edição, os curadores Leonardo Maciel e Paulo Cibella, fundadores do Vórtice Cultural, reuniram obras de 123 artistas, a maioria do Brasil, mas com outros de Estados Unidos, Rússia, Espanha, Argentina, México e Itália, sendo 111 delas inéditas.
São trabalhos de diversas linguagens artísticas, entre pintura, escultura, fotografia, ilustração, gravura, cinema, videoarte, publicações e performances. Todas as obras estão à venda e podem ser adquiridas diretamente pela galeria online do Vórtice Cultural, com preços entre R$ 300 e R$ 85 000. Novidade desta edição, por meio de um QR Code disponível no local, o público poderá ouvir a voz do próprio artista compartilhando seus processos criativos, intenções e sensações envolvidas na criação.
Confira algumas obras em cartaz

Paulistana, Shirley Prado é jornalista, artista visual e fotógrafa desde 2001. Suas fotografias demonstram seu olhar atento aos detalhes.

Fernanda d’Boer trabalha com desenho, pintura e cerâmica, partindo do desenho investigativo das formas do corpo feminino. É Mestre em Artes Plásticas pela L’École Nationale Supérieure des Beaux-Arts de Paris.

O italiano Pietro Spirito é um escultor queer que trabalha com cerâmica e cuja poética, nos últimos cinco anos, explora com humor e provocação as complexidades da natureza humana e da sexualidade, com esculturas antropomórficas.
Nascido na Sibéria, Slava Mogutin é um artista multimídia, autor e ativista russo-americano, exilado da Rússia por sua escrita queer e militância política.

Com uma abordagem autobiográfica, Marina Zardo aborda o desejo, a carne, o feminino e a infância como campos de invenção e resistência.

A poética de Soh parte de uma perspectiva crítica do feminismo e dos estudos de gênero, abordando o feminino em suas múltiplas representações.
A entrada é gratuita mediante doação de 1kg de alimento, que será destinado a instituições de acolhimento LGBT+. Caso o visitante opte por não doar, ainda poderá contribuir com o projeto adquirindo um ingresso no valor de R$ 15. Às sextas-feiras, grupos naturistas também poderão visitar a exposição, por R$ 30.
Espaço República. Avenida São Luís, 86, República. Todos os dias, 10h/19h. Grátis, com emissão obrigatória do ingresso pela Sympla e doação de 1kg de alimento não perecível. Até 29/6.