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William Hering: o vendedor de pinheiros

Dono de fazenda em Grajaú comercializa árvore símbolo do Natal há mais de cinquenta anos

Por Paula Ungar
Atualizado em 5 dez 2016, 19h22 - Publicado em 18 set 2009, 20h35

Pinheirinhos decoram a mesa da varanda, a porta de entrada e até as xícaras onde se serve o café aos visitantes. Na sede da fazenda Castanheiras, no Grajaú, Zona Sul da capital, a árvore-símbolo do Natal é a principal atração. Há mais de cinco décadas, o proprietário William Hering, 72 anos, dedica-se ao cultivo de quatro espécies dessas plantas da classe das coníferas. Suas criações enfeitam a casa de vários conhecidos paulistanos. A atriz Eva Wilma, por exemplo, sempre adquire uma delas na floricultura da Praça Deputado Dario de Barros, na Cidade Jardim, onde Hering mantém seu único ponto-de-venda. “Compro suas árvores desde que me mudei para o Itaim, há mais de vinte anos”, ela conta. Outra cliente fiel, a empresária Lucilia Diniz encomendou um pinheiro de 3 metros de altura. “É uma tradição que, na minha família, existe há muito tempo.” Também saem de sua fazenda os enfeites que decoram os salões dos clubes Paulistano e Harmonia.

Segundo Hering, o segredo do sucesso está na poda. As árvores crescem em uma área de 132 hectares, às margens da Represa Billings, e, para saírem em formato de cone impecável, têm seus galhos arredios submetidos, três vezes por ano, ao seu facão bem amolado. Só estão no ponto para ser comercializados após sete Natais. De cada 1 000 pinheiros plantados, apenas uma pequena parte – entre cinqüenta e 100 exemplares – recebe anualmente uma fitinha vermelha em sinal de aprovação. Uma árvore de 2 metros custa, em média, 450 reais. Neste Natal, o mais alto dos pinheiros é uma cunninghamia – a variedade mais cara e exclusiva – de 8 metros. Sai por 7 900 reais. O maior que ele já cortou tinha 16 metros e foi entregue em 1982 para embelezar um evento da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae).

Hering começou a atuar aos 15 anos. Incentivado pelo pai, expunha pinheiros retirados da fazenda da família numa barraca de frutas na esquina da Avenida Europa com a Rua França. “Dava 10% de comissão ao vendedor”, lembra. Mais tarde, incrementou o negócio. “Pagava aos meus colegas de escola um salário fixo e uma parte do lucro para trabalharem em dezembro.” Em 1962, quando cursava a Faculdade de Direito na Universidade de São Paulo (USP), fundou a Agro Castanheiras. De lá para cá, estima que tenha vendido cerca de 65.000 árvores. “Fico satisfeito em pensar que ajudo meus clientes a passar o Natal em contato com a natureza”, afirma o Senhor Pinheirinho.

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