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Vídeo mostra motorista de Ferrari saindo de festa open bar

As imagens foram obtidas com exclusividade por VEJA SÃO PAULO; Ricardo Cortez Scalzoni teve alta do hospital nesta quinta-feira (11)

Por Adriana Farias
Atualizado em 11 Maio 2017, 21h54 - Publicado em 11 Maio 2017, 21h15
A Ferrari destruída: o carro capotou e bateu em um Honda Fit na madrugada desta segunda-feira (8), na Avenida 23 de Maio (Marivaldo Oliveira / Código 19 / Estadão Conteúdo/Veja SP)
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O empresário Ricardo Cortez Scalzoni, de 31 anos, que se acidentou em sua Ferrari branca na madrugada da última segunda-feira (8), obteve alta do Hospital São Luiz, no bairro de Anália Franco, Zona Leste, na noite desta quinta-feira (11). Ele havia sido internado em estado grave na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) com fraturas em várias extensões do corpo, como maxilar, fêmur e quadril.

O acidente ocorreu na Avenida 23 de Maio, na altura do Viaduto Beneficência Portuguesa, na Bela Vista, e envolveu três carros: a Ferrari Modena, um Porsche e um Honda Fit. Segundo depoimento à polícia de Pedro Machado, motorista do Honda Fit, os outros dois veículos disputavam um racha na via, quando a Ferrari o atingiu. Com a pancada, o carro de Scalzoni foi empurrado em direção a um poste localizado no canteiro central da via. O Honda teve avarias, mas Machado não sofreu nenhum ferimento grave. O Porsche não foi atingido.

A reportagem de VEJA SÃO PAULO obteve com exclusividade três vídeos sobre o caso. Um deles mostra Scalzoni saindo de uma festa open bar na Trabuca Bar, no Itaim Bibi, junto com uma garota. Ele começa a acelerar o carro, enquanto os amigos gritam: “olha o Ricardinhoooo”, “vai embora, vai”, “ele vai bater”, “já matou um, olha lá”. Na sequência, Scalzoni sai acelerando.

 

No segundo vídeo, testemunhas filmam o carro acidentado na pista e uma pessoa relata que a garota, ainda não identificada, havia fugido do local. A reportagem apurou que ela atravessou a via e foi embora de Uber. O terceiro vídeo, divulgado por VEJA SÃO PAULO na terça-feira (9), mostra Scalzoni antes do acidente, provavelmente seguindo em direção à festa. Nas imagens é possível vê-lo atravessando o Túnel Ayrton Senna, na Zona Sul, em alta velocidade. Os vídeos foram entregues por testemunhas aos policiais civis do 5° Distrito Policial (DP) da Aclimação, onde o caso está sendo investigado.

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Scalzoni é solteiro, morador do bairro Anália Franco, e dono de uma empresa na região chamada New Concept Tube Distribuidora e Importadora de Tubos de Aços. Segundo a polícia, ele não tem nenhum antecedente criminal; apenas um registro como vítima de um furto de carro, em 2015, do modelo New Beetle. A reportagem não conseguiu contatá-lo. Também tentou contato com seus pais, os também empresários Sheila Maria Cortez Scalzoni e Ricardo Vagner Henrique Scalzoni, mas não obteve resposta.

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Segundo a polícia, a Ferrari havia sido comprada há pouco menos de um mês de um comerciante chamado Jonas Barufi. Para conseguir o carro, Scalzoni deu o seu Audi azul avaliado em 60 000 reais, e mais 320 000 reais.

Em depoimento no 5° DP, Barufi explicou que adquiriu o veículo em uma loja, a EZ Multimarcas Veículos Ltda, há quase um ano, e ainda estava pagando as parcelas quando passou o bólido adiante. Por isso, o carro ainda está no nome da empresa.

A Ferrari não apresenta multas, apenas uma parcela vencida do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) de 2017 no valor de 6 325, 53 reais. O vencimento ocorreu no último dia 23 de março. O Porsche amarelo também está com o IPVA deste ano com quase três meses de atraso, no valor de 7 613,90 reais.

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Segundo apuração de VEJA SÃO PAULO, Scalzoni pretendia revender a Ferrari no futuro para ganhar um dinheiro em cima. Ele possui dívidas que seriam da ordem de 380 000 reais.

Nos próximos dias, a Polícia Civil intimará Scalzoni para prestar depoimento. Nesta quinta-feira, advogados do proprietário do Porsche, Diogo Teixeira Macedo, estiveram na delegacia para obter informações sobre a investigação. Ainda não se sabe se ele era quem estava dirigindo o Porsche naquela noite. “A única linha de investigação que temos no momento é da prática de racha, mas novas testemunhas ainda serão ouvidas”, diz Gilmar Contrera, delegado titular do 5º DP. O caso foi registrado como crime por lesão corporal culposa, racha e colisão.

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