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Vereador diz que Celso Pitta era ‘negro de alma branca’ e gera revolta

Arnaldo Faria de Sá pediu desculpas por fala racista após repercussão negativa entre parlamentares

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 13 jul 2021, 10h53 - Publicado em 13 jul 2021, 10h52
O vereador Arnaldo Faria de Sá (Progressistas)
O vereador Arnaldo Faria de Sá (Progressistas)  (André Bueno/CMSP/Veja SP)
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Arnaldo Faria de Sá, vereador pelo Progressistas, referiu-se ao ex-prefeito Celso Pitta como “negro de alma branca” durante discurso na Câmara Municipal de São Paulo na segunda-feira (12) e causou indignação entre parlamentares.

“Eu me preocupei com um negro, que era o Pitta, o prefeito da capital, que estava escorraçado, estava sendo atacado, vilipendiado. Derrotei o impeachment, ele levou seu mandato até o final. Eu tava preocupado com um negro de verdade, negro de alma branca como as pessoas costumam dizer, não podemos ter essa preocupação de não estar preocupado com todos”, afirmou.

O parlamentar participava da sessão de forma remota. Ele falava sobre o Projeto de Intervenção Urbana do Setor Central. A fala racista foi duramente criticada.

“Mais uma vez quero pedir respeito aos vereadores, para que não utilizem falas racistas no plenário. Dizer que um negro para ser bom negro precisa ser um negro de alma branca é uma frase absolutamente racista e inaceitável neste plenário”, disse a vereadora Elaine do Quilombo Periférico (PSOL).

“Utilizar a expressão preto de alma branca para se referir a alguém como um negro de verdade é racista. Não vamos tolerar a utilização dessa expressão entre parlamentares, que deveriam representar o povo, povo majoritariamente negro. A bancada do PSOL vai representar o vereador na Comissão de Ética da Câmara”, afirmou a co-vereadora negra do mandato coletivo Bancada Feminista do PSOL, Paula Nunes.

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A bancada de vereadores do PSOL na Câmara diz que vai denunciar Arnaldo Faria de Sá no Conselho de Ética.

Arnaldo Faria de Sá se desculpou após a repercussão. “Me desculpe, eu errei. Não quero discutir com ninguém. Eu quero só pedir desculpas humildemente”, afirmou. Ele foi secretário de Governo de Celso Pitta,  morto em 2009 em decorrência de um câncer, aos 63 anos. 

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