VEJA SÃO PAULO celebra aniversário de 25 anos com grandes chefs
Festa será iniciada com almoços gastronômicos preparados por Bel Coelho, Janaína Rueda, Ilda Vinagre e Paola Carossella
Desde a publicação de seu primeiro número, em setembro de 1985, há 25 anos, VEJA SÃO PAULO cobriu parte da história da maior metrópole do país. Nas páginas da revista — lançada dois anos antes como uma programação de espetáculos encartada em VEJA — foram e são retratados personagens e acontecimentos que agitam a vida da cidade.
Além de grandes reportagens, Vejinha oferece ao leitor um roteiro que reúne os melhores programas em cartaz — das peças de teatro às estreias nos cinemas, das exposições a eventos para crianças. As opções de diversão se completam com o maior, mais influente e mais confiável guia de restaurantes, bares e comidinhas de São Paulo.
As comemorações do aniversário têm início na segunda (16), justamente com uma série de almoços gastronômicos. As refeições serão preparadas por quatro das mais importantes chefs em atuação na cidade, todas elas ou seus restaurantes premiados até 2009 pela edição especial ‘Comer & Beber’ de VEJA SÃO PAULO. Durante cinco semanas, as convidadas Bel Coelho, Janaína Rueda, Ilda Vinagre e Paola Carosella ocuparão a cozinha do restaurante do 23º andar da sede da Editora Abril, no bairro de Pinheiros. Os almoços terão como convidados personalidades da vida de São Paulo.
A abertura do festival será feita pela paulistana Bel Coelho, sócia do contemporâneo Dui, no Jardim Paulista. Do quarteto de profissionais convidadas, ela é a única participante da comemoração de 2005, quando a revista celebrou vinte anos. Talento precoce, Bel havia sido premiada como chef revelação pela edição especial ‘Comer & Beber’ um ano antes. Embora tenha apenas 31 anos, pode ser considerada uma veterana dos fogões. Estreou profissionalmente em 1997 e não parou mais. Dona de um trabalho ousado, seguro e refinado, apresentará receitas como o delicioso robalo coberto com farofa de pão ao molho de castanha de caju e passas brancas guarnecido de palmito pupunha assado, seu prato-assinatura criado em 2002. “É sempre desafiante ter um ‘restaurante’ fora do próprio restaurante durante uma semana”, diz. “Fiquei novamente lisonjeada com o convite.”
Na semana seguinte, quem pilota as caçarolas é Janaína Rueda. Paulistana do Brás, ela ingressou no mundo dos restaurantes como consultora de vinhos de uma multinacional. Esses laços se reforçaram quando ela se casou com o chef Jefferson Rueda, sócio do Pomodori, um dos melhores italianos da cidade. Ela teve a chance de mostrar os próprios dotes culinários ao inaugurar o Bar da Dona Onça, em abril de 2008, no Edifício Copan, um dos cartões-postais da cidade. A qualidade de seus pratos se confirmou cinco meses depois da inauguração do boteco, premiado como a melhor cozinha de bar pela edição especial ‘Comer & Beber’. De seu cardápio, Janaína pinçou opções como salada de folhas com cuscuz paulista ao molho de camarão e feijoada completa.
Antes de assumir a cozinha dos restaurantes A Bela Sintra, no Jardim Paulista, e Trindade, no Itaim, além do Buffet A Bela Sintra, a portuguesa Ilda Vinagre trabalhou durante seis anos nos Estados Unidos para a embaixada de seu país. Naquele período, elaborou banquetes para convidados famosos, entre eles o rei Juan Carlos, da Espanha. Também esteve à frente do A Bolota Castanha, em Portugal. Desde a sua chegada a São Paulo, no ano passado, vem apresentando sugestões preparadas com requinte, que renderam ao Bela Sintra o título de melhor português pela edição ‘Comer & Beber’ 2009-2010. Bom exemplo, o bacalhau como se faz na fazenda dá nome ao lombo alto e perfeitamente dessalgado coberto com uma rica emulsão feita da pele do pescado. De guarnição, recebe lâminas de batata cortada em rodelas e uma versão de ratatouille com cogumelo-de-paris.
A porta de entrada em São Paulo para a argentina Paola Carosella, que encerrará o festival, foi o A Figueira Rubaiyat, aberto no Jardim Paulista em 2001. Ela fazia parte da primeira equipe do restaurante e chegou a comandar a cozinha, que tinha receitas de Francis Mallmann, um de seus mestres. Depois disso, Paola transferiu-se para o Julia Cocina e, em 2008, abriu o Arturito, eleito o melhor variado da cidade pelo júri do ‘Comer & Beber’ do ano passado. Entusiasta dos ingredientes frescos de qualidade, ela é fortemente influenciada pela culinária italiana. Tanto que fará uma receita napolitana num dos encontros, o polvo cozido em molho de tomate picante perfumado na companhia de purê de batata. “Estou honrada em participar da festa da revista mais importante da cidade”, diz. “É o grande reconhecimento que uma chef estrangeira pode ter. Sintome fazendo parte da história do país que me acolheu.”