Quanto seria arrecadado se templos e igrejas da capital pagassem IPTU?
Em São Paulo, segundo a prefeitura, há 5 734 imóveis do tipo isentos de pagar o imposto
Pode ser aprovada em Brasília nas próximas semanas a isenção de pagamento de IPTU aos proprietários de imóveis que tenham como locatários igrejas e templos religiosos. De autoria de Marcelo Crivella (PRB-RJ), senador e bispo da Igreja Universal, a proposta de Emenda à Constituição (PEC) foi aprovada na última terça (22) em segunda votação no Senado. Agora, precisa passar pelo crivo da Câmara dos Deputados para entrar em vigor.
Se aprovada, a nova lei irá aumentar o número de endereços religiosos que não pagam IPTU, benefício que já é aplicado aos proprietários . Em São Paulo, segundo a prefeitura, há 5 734 imóveis cadastrados como igrejas e templos isentos de pagar o imposto.
A pedido de Veja São Paulo, o advogado tributarista Raul Haidar calculou quanto cada um dos principais endereços religiosos da cidade pagariam de imposto caso não fossem isentos. Veja abaixo.
Templo de Salomão
(Av. Celso Garcia, 605 – Brás)
Área construída: 75 948 metros quadrados de área construída
IPTU anual aproximado: 3,8 milhões de reais
Catedral da Sé
(Praça da Sé, s/nº – Centro)
Área construída: 5 700 metros quadrados
IPTU anual aproximado: 550 000 reais
Templo de São Paulo
(Rua Armando Erse Figueiredo, 73, Jardim Campo Limpo)
Área construída: 1 450 metros quadrados
IPTU anual aproximado: 105 000 reais
Igreja Universal do Reino de Deus
(Rua Missionários, 139 – Jd. Caravelas)
Área construída: 30 168 metros quadrados
IPTU anual aproximado: 2,5 milhões de reais
Igreja Assembleia de Deus
(Avenida Celso Garcia, 560 – Brás)
Área construída: 10 711 metros quadrados
IPTU anual aproximado: 1 milhão reais
Mesquita do Brás
(Rua Elisa Witacker, 17 – Brás)
Área construída: 2 198 metros quadrados
IPTU anual aproximado: 294 000 reais
Igreja Pentecostal Deus É Amor
(Avenida do Estado, 4568 – Brás)
Área construída: 6 3775 metros quadrados
IPTU anual aproximado: 3,3 milhões de reais