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Motoristas da Uber convocam paralisação para esta quarta (8)

Movimento internacional "UBER OFF" propõe que motoristas desliguem o aplicativo por 24 horas

Por Redação VEJA São Paulo
7 Maio 2019, 18h59

Motoristas do Uber de vários países, incluindo EUA e Reino Unido prometem fazer uma paralisação amanhã (8) por melhores condições de trabalho. O “UBER OFF”, como ficou conhecido o movimento, também ocorre em São Paulo, fruto da insatisfação dos motoristas com a falta de reajuste nas tarifas perante os sucessivos aumentos no preço da gasolina.

“Os aplicativos não fazem reajustes de tarifa há muito tempo, o que foi achatando os nossos ganhos. Nós entendemos que precisamos ter preços atraentes para trazer os passageiros para o nosso modal, mas não podemos matar os motoristas”, diz o motorista de aplicativo e diretor da Associação de Motoristas de Aplicativo de São Paulo (Amasp), Flávio Ferrari.

Atualmente a Uber paga aos motoristas R$ 1,05 por quilômetro rodado, com acréscimo de R$ 0,195 por minuto. Ferrari conta que os valores pagos por corrida são baixíssimos, “por vezes centavos” e fazem com que os motoristas tenham que se aventurar em jornadas de até 17 horas de trabalho.

A paralisação, que foi organizada de forma autônoma e com o apoio da Amasp, tem sido convocada através de grupos WhatsApp e vídeos no YouTube, o que torna incerta a porcentagem de adesão dos motoristas. Motoristas da 99 e da Cabify também foram convidados a desligar seus aplicativos durante 24 horas.

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Procurada pela reportagem, a Uber não se manifestou sobre o tema. A 99 e o Cabify afirmam respeitar o direito de manifestação dos motoristas.

No mundo, a greve é uma resposta ao início das negociações das ações da empresa na Bolsa de Nova York, prevista para sexta-feira. A expectativa é de que as ações sejam avaliadas entre US$ 44 e US$ 50, levando o valor da empresa para próximo de US$ 90 bilhões.

A paralisação deve acontecer na manhã de quarta (8) e incluirá também motoristas do aplicativo Lyft, que abriu seu capital no último mês de março. Nova York, Chicago, Los Angeles e São Francisco são algumas das cidades que participarão do protesto, segundo o sindicato que reúne motoristas de táxi e aplicativos em Nova York.

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Profissionais de cidades do Reino Unido, como Londres, Birmingham e Glasgow, também vão aderir à paralisação, de acordo com o jornal The Independent.

Entre as demandas anunciadas pelo sindicato estão segurança do emprego; melhores salários, com o fim do cálculo antecipado do preço das viagens; e uma regulação da tarifa, com pelo menos 80% do valor da corrida garantido aos motoristas.

Em seu pedido de abertura de capital enviado à Comissão de Títulos e Câmbio dos Estados Unidos (SEC), a empresa citou a insatisfação de seus motoristas como fator de risco. Para a companhia, essa insatisfação deve aumentar, tanto pelo investimento em carros autônomos quanto pela redução nos incentivos para os parceiros. O mesmo documento mostra que, em 2018, o Uber faturou US$ 959 milhões no Brasil, ou cerca de R$ 3 8 bilhões.

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Com informações do Estadão Conteúdo.

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