Trens do metrô rodaram menos em 2014
Documento publicado na última sexta (24) pela companhia mostra redução na quilometragem
O Relatório da Administração do Metrô de 2014, um documento de seis páginas publicado na última sexta (24) no Diário Oficial Empresarial, aponta que os trens da companhia em São Paulo tiveram, no ano passado, o pior desempenho em dois anos no que se refere à quilometragem percorrida. Na prática, é um dado que mostra que os trens estão circulando menos.
Ao todo, os 150 veículos da frota do Metrô rodaram 18,06 milhões de quilômetros em 2014, somando todas as viagens feitas ao longo do ano por todos os trens em todas as linhas. Em 2013, entretanto, foram 18,3 milhões de quilômetros. E, em 2012, 18,6 milhões. Na comparação com os últimos dois anos, a queda é de 3% na distância percorrida.
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Sob condição de anonimanto, funcionários da companhia apontaram a superlotação como o principal motivo para explicar o dado. “Com mais gente nas plataformas, mais pessoas seguram as portas, impedindo o fechamento e, assim, a saída do trem. Com isso, a composição fica mais tempo parada”, disse um metroviário. Outros motivos seriam o maior tempo de parada de trens para manutenção e mais falhas operacionais.
O Metrô, porém, contesta as hipóteses. “Os comentários desses metroviários são improcedentes, uma vez que, na última década, o Metrô manteve o mesmo tempo de parada dos trens nas estações – em média, de 20 segundos -, e os processos de manutenção só foram aprimorados”, diz a empresa, em nota. A reportagem pediu dados sobre a relação de falha por quilômetro rodado, mas a informação não foi passada.
Na nota, a empresa afirmou que a greve de 2014, que fez a companhia operar parcialmente durante cinco dias, foi a principal causa da redução de circulação. Houve um dia de greve em 2012 e um em 2013.
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Os dados mostram, entretanto, que mesmo com a paralisação, o total de passageiros transportados no ano não parou de crescer. Em 2012, o Metrô transportou 1,09 bilhão de pessoas; em 2013, 1,1 bilhão; e no ano passado, 1,11 bilhão.
A nota diz que “para um entendimento melhor do sistema metroviário da capital seria necessário considerar também as viagens realizadas pelos trens da Linha 4 (ramal concedido à iniciativa privada e não incluído no relatório)”. A empresa também citou reorganização de linhas de ônibus por parte da SPTrans. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.