Tombados desde 2002, Arcos do Bixiga ganham grafites
Com autorização da prefeitura, um grupo de artistas pintou as paredes históricas
No começo do mês, com autorização da prefeitura, um grupo de artistas grafitou as paredes dos Arcos do Bixiga, na região da Avenida 23 de Maio. Isso provocou críticas de especialistas como Benedito Lima de Toledo, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, pelo fato de a pintura ter sido feita sobre uma construção tombada pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico (Conpresp) desde 2002.
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Com 21 módulos e 11 metros de altura no ponto mais alto, os arcos têm como característica marcante os tijolos vermelhos de barro. Erguida entre 1908 e 1914, a estrutura permaneceu por décadas escondida atrás dos cortiços que tomaram conta do terreno vizinho a partir da metade do século passado. Ela ressurgiu em 1987, quando o prefeito Jânio Quadros desapropriou as casas e iniciou um processo de revitalização da região.