Suspeito de empurrar mulher nos trilhos do metrô é preso
Alessandro Souza Xavier foi detido no sul de Minas Gerais; vítima segue internada na Santa Casa
Foi preso na madrugada desta sexta-feira (28) em Extrema, no sul de Minas Gerais, Alessandro Souza Xavier, 33. Ele é suspeito de ter empurrado a auxiliar administrativa Maria da Conceição Oliveira, 27 anos, nos trilhos da plataforma de embarque da estação da Sé na última terça-feira (25). Segundo familiares, Xavier sofre de esquizofrenia e tem surtos psicóticos com frequência.
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O delegado Oswaldo Nico Gonçalves, que investiga o caso, afirmou que o próprio irmão do suspeito confirmou a identidade do suspeito. Casado com a vítima, Kléber Siqueira, 44 anos, está aliviado com a prisão. “Espero que a justiça seja feita.”
Ao chegar no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), Alessandro afirmou que queria se vingar do “mal” que a sociedade lhe fez e que não se arrepende de ter empurrado Maria nos trilhos. “Isso é revoltante”, comentou Ana Lívia de Souza, prima que tem acompanhado Maria durante a internação na Santa Casa, na Vila Buarque. “Eu não tenho palavras para expressar o que estou sentindo neste momento.”
Surpresa
Maria Oliveira aguardava o trem que seguia sentido Corinthians-Itaquera na plataforma da estação da Sé, às 7h16, quando o homem a empurrou. Ela foi atropelada, teve ferimentos nas costelas, na coluna e precisou ter o braço amputado. Era o dia de seu aniversário.
Segundo o irmão da vítima, Bruno Oliveira, a mulher não costumava andar de metrô. No dia do acidente, ela optou pelo tranporte por estar atrasada para o trabalho. Maria planejava comemorar o aniversário em um samba na Vila Guilherme, onde mora, com os amigos na noite do crime.
Na tarde desta sexta (28), ela será operada na coluna, para reparar um dos ferimentos causados pela queda. A vítima está internada na UTI da Santa Casa de Misericórdia, na Vila Buarque.
De acordo com familiares, Maria está bem, conversa e tenta confortar os que a visitam. “Ela está sendo muito forte, é uma guerreira”, comentou a mãe, Maria das Neves Oliveira, 47 anos. “Foi uma maldade muito grande, não dá para entender.”