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Ski na Rua ensina esporte sobre rodas para jovens que disputam na neve

Projeto destinado a alunos de baixa renda e que treinam no asfalto da USP teve recorde de convocações para os Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude

Por Tomás Novaes
19 jan 2024, 06h00

No porão de uma casa a poucos passos da portaria que separa a Cidade Universitária da comunidade São Remo, na Zona Oeste, existe um estoque com dezenas de esquis, botas e bastões para neve. Pode ser surpreendente para quem nunca viu jovens praticando o roller ski — isto é, esqui com rodas — nas ladeiras da Universidade de São Paulo (USP), mas isso acontece há quase doze anos, desde a fundação do projeto Ski na Rua, que em 2024 alcança um recorde de convocações para os Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude.

“A ideia do projeto é trazer crianças de baixa renda para praticar um esporte que é de difícil acesso”, conta Lucas Martins, ex-atleta e técnico de Ian Francisco, 17, Júlia Reis, 16, e Gabriel Santos, 17, os três selecionados para a competição que acontece em Gangwon, na Coreia do Sul, de 19 de janeiro a 1o de fevereiro.

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O técnico Lucas Martins (Leo Martins/Veja SP)

A iniciativa foi idealizada em 2012 pelo esquiador Leandro Ribela e o triatleta Alexandre Oliveira, que frequentavam o campus e viam os jovens da comunidade vizinha sem usufruir daquele espaço. “Começamos com quatro alunos. Hoje estamos com noventa, e já passaram cerca de 600 jovens pelo projeto”, conta Ribela, que disputou duas Olimpíadas de Inverno.

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A modalidade em que o trio vai competir é o esqui cross-country, esporte de resistência no qual os atletas percorrem variadas distâncias com os esquis. Antes de aterrissarem no país oriental, o grupo passa dez dias na Europa, retomando o contato com a neve. “Frio até que é bom, ruim é passar frio”, brinca Ian, que entrou no esporte com 8 anos, por convite do seu irmão, que já treinava.

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Treino no campus da USP (Leo Martins/Veja SP)

Júlia conheceu o projeto aos 11, quando, em uma tarde após a escola, acompanhou uma amiga que já frequentava os treinos. “Me apaixonei pelo esporte”, conta. Gabriel passou a treinar aos 9 e tem uma referência e tanto em casa: seu irmão, Victor Santos, se tornou atleta olímpico de esqui. Quando questionados sobre como suas famílias lidam com a prática esportiva e as viagens, a resposta é a mesma: “Muito orgulho”.

Publicado em VEJA São Paulo de 19 de janeiro de 2024, edição nº 2876

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