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Sem patrocinadores, Prefeitura pode ter que bancar ciclofaixas de lazer

A última empresa a patrocinar o projeto foi a Uber, mas não renovou contrato; ciclofaixas funcionam aos domingos na cidade há 13 anos

Por Clayton Freitas
Atualizado em 27 Maio 2024, 21h40 - Publicado em 11 ago 2022, 06h00
Ciclofaixa de lazer
Ciclofaixa de lazer, quando era operada pela Uber (Prefeitura de São Paulo/Divulgação)
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Apesar de ser um projeto existente há treze anos na capital e que reúne todos os domingos cerca de 100 000 ciclistas, as ciclofaixas de lazer da cidade de São Paulo correm o risco de ficar sem patrocínio. A última empresa a bancar a conta foi a Uber, que não renovou o contrato, e a prefeitura de São Paulo já admite que pode assumir o custo caso não consiga encontrar quem pague os 11,5 milhões de reais ao ano para colocar o serviço de pé.

“A última vez que a prefeitura disse que assumiria o serviço acabou não cumprindo a promessa”, diz o cicloativista Willian Cruz, 48 anos, do Vá de Bike. As ciclofaixas de lazer estão espalhadas em 114 quilômetros de vias de todas as regiões da capital. Antes da Uber, quem bancava a conta era a Bradesco Seguros.

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Durante o mês de julho deste ano a prefeitura tentou localizar um patrocinador, por meio de um chamamento público. As duas empresas que apresentaram propostas foram desclassificadas por não entregar a documentação completa, o que incluía, entre outras coisas, quem pagaria a conta. Uma nova tentativa de encontrar patrocinadores foi feita, e a prefeitura recebeu apenas uma proposta, conhecida no último dia 9.

Toda a documentação ainda será alvo de análise técnica, e somente se estiver tudo correto, o que inclui verificar se o interessado tem de fato condições de bancar o serviço, é que o termo de cooperação para assumir a empreitada será celebrado. O trâmite deve durar sete dias.

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Cicloativistas já fizeram propostas à prefeitura para que o serviço seja enxugado. As ideias vão desde um maior espaçamento entre os cones que delimitam as faixas onde as bicicletas podem passar, reduzir a quantidade de monitores e a eliminação de sobreposições em locais que já contam com ciclovias, o que faria o custo ser reduzido em 70%, afirmam. A proposta é rechaçada pelos técnicos da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), que alegam riscos aos ciclistas.

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Publicado em VEJA São Paulo de 17 de agosto de 2022, edição nº 2802

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