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Secretário diz não acreditar em migração de criminosos do Rio

Representante da pasta afirmou, porém, que o Estado adotou "posturas de cautela" para proteger o território

Por Estadão Conteúdo
2 mar 2018, 12h32
Mágino Alves Barbosa Filho -
O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Mágino Alves Barbosa Filho, disse nesta sexta (2) que não há preocupação em haver uma migração de criminosos do Rio de Janeiro para o Estado de São Paulo (Divulgação / SSP / Erika Rios/Veja SP)
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O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Mágino Alves Barbosa Filho, disse nesta sexta-feira, 2, que não há preocupação em haver uma migração de criminosos do Rio de Janeiro para o Estado de São Paulo. No entanto, ele afirmou que a secretaria tem adotado “posturas de cautela” para proteger o território.

“Não é uma preocupação. Nós adotamos algumas posturas de cautela, porque nós não acreditamos que vá ocorrer essa migração. Mas seria imprudência não adotar alguma postura visando a proteção do território do Estado de São Paulo”, afirmou Mágino Alves ao Jornal Eldorado.

O secretário citou uma operação realizada nesta semana no Vale do Paraíba, que compreendeu da cidade de Jacareí até a divisa com o Estado do Rio. O objetivo, segundo informou a secretaria, era reforçar o combate à criminalidade na região.

Mágino Alves comentou que propôs ao recém-criado Ministério da Segurança Pública uma extensão do policiamento que é feito por agentes do Estado nas rodovias federais. “Seria uma parceria com a Polícia Rodoviária Federal”, explicou.

Orçamento

Sobre os recursos necessários para manter a segurança em São Paulo, Mágino Alves disse que, “nesse primeiro momento, são suficientes para o plano estadual” e que não haveria preocupação em buscar financiamento imediato.

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Nesta quinta-feira, 1º, o governo federal anunciou que disponibilizará, nos próximos cinco anos, cerca de R$ 42 bilhões para Estados e municípios brasileiros investirem em ações na área de segurança pública. Do montante total, R$ 33,6 bilhões serão via Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O secretário disse que concorda com a criação de um fundo para a segurança pública, pois “facilita o financiamento das questões de segurança, como contratação de agentes”. “O resto vai ser se debruçar na questão de encontrar uma forma de obter essa fonte de recursos e a ideia é que não onere o cidadão comum”, afirmou.

Letalidade policial

O secretário disse que discorda da afirmação de que a polícia do Estado seja violenta. Nesta quinta-feira, entidades de defesa dos direitos humanos denunciaram o Estado de São Paulo pelos altos índices de letalidade policial e por omissão no combate à tortura em audiência pública da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), da Organização dos Estados Americanos (OEA), na cidade de Bogotá. “O que vem ocorrendo nos últimos anos é o aumento de confrontos com as forças policiais e elas estão preparadas”, disse.

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Na última quarta-feira, 28 de fevereiro, mais um caso de mortes em que agentes do Estado estão envolvidos ocorreu em Campinas. Sete suspeitos de roubo a banco foram mortos durante troca tiros e os policiais apreenderam grande quantidade de armas.

“(A polícia) tem como meta manter os indicadores criminais em um nível que seja benéfico para a sociedade e trabalha voltada à prisão dos malfeitores, aqueles que transgridem a lei”, disse. O secretário reafirmou que a letalidade proporcional da polícia se manteve estável desde 2001.

Sobre as recentes mortes de integrantes do PCC, o secretário afirmou que a questão é interna da facção e que a inteligência das polícias Civil e Militar não detectou movimento que represente risco maior para a sociedade. “É uma briga interna e parece que está chegando ao fim.”

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