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São Paulo tem primeiro caso autóctone de sarampo desde 2015

Capital paulista tem outros quatro registros importados e existem 92 casos suspeitos em investigação

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 15 Maio 2019, 10h58 - Publicado em 15 Maio 2019, 10h08
Prevenção da doenças como sarampo é feita por meio de vacina
Prevenção da doenças como sarampo é feita por meio de vacina (Reprodução/Veja SP)
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A Prefeitura de São Paulo confirmou nesta semana o primeiro caso autóctone (de transmissão interna) de sarampo em quatro anos na cidade. Desde 2015, o município não tinha registro de circulação do vírus internamente. Foram confirmados ainda outros quatro casos importados da doença, além dos três anteriormente divulgados. Há ainda 92 casos suspeitos em investigação. Nenhuma morte foi registrada.

Antes da confirmação do caso autóctone, a secretaria havia divulgado somente três casos diagnosticados na cidade mas cuja infecção ocorreu na Noruega, em Malta e em Israel.

O registro aumenta o nível de alerta porque é o primeiro indício de que o vírus já pode estar circulando por aqui. O caso foi inicialmente relatado em documento publicado pelo Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) da Secretaria Estadual da Saúde na última semana e confirmado pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) na segunda-feira, 13.

Segundo o CVE, o paciente é um professor universitário de 48 anos, que foi hospitalizado mas que “evolui para cura”.

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Já os quatro novos casos importados da doença também confirmados nesta semana ocorreram todos na mesma família. Os pacientes, com idades entre 12 e 42 anos, moram na mesma casa que o doente infectado em Israel.

Embora a transmissão intrafamiliar tenha ocorrido já em São Paulo, a secretaria informou que, pelos critérios epidemiológicos do Ministério da Saúde, os casos foram considerados importados por estarem relacionados a uma infecção importada localizada (a de Israel).

Tanto no caso autóctone quanto nos importados, os pacientes não eram vacinados contra o sarampo, de acordo com o documento do CVE.

Além dos oito registros na capital paulista, vinte infecções já haviam sido confirmadas em Santos, na Baixada Santista, todas decorrentes de um surto que atingiu o navio MSC Seaview em fevereiro. Do total de vítimas no cruzeiro, dezessete eram tripulantes, dois eram passageiros e um era profissional de saúde. Todos passam bem.

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Bloqueios

A Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo informou que, sempre que identificados casos suspeitos, a vigilância epidemiológica desenvolve ações de vacinação no entorno do local de notificação para evitar o contágio, mesmo antes de receber os resultados dos exames conclusivos.

“Imediatamente após a notificação do caso suspeito, sempre realizamos vacinação dentro dos ambientes que a pessoa frequentou, como residência, local de trabalho, escola. Se aparecem indícios mais fortes de confirmação, partimos para a realização de bloqueio vacinal em um raio de oito quarteirões desses locais”, explica Rosa Maria Dias Nakazaki, diretora da divisão de vigilância epidemiológica da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) da SMS.

De acordo com Rosa, 20 mil pessoas foram vacinadas nas ações de bloqueio realizadas a partir dos oito casos confirmados na cidade. A diretora informou que a secretaria não divulga em quais regiões da cidade foram registrados os casos confirmados, mas reafirmou a necessidade de a população buscar a imunização diante do possível retorno da circulação do vírus.

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A vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, rubéola e caxumba, está disponível na rede pública gratuitamente e deve ser tomada em duas doses, aos 12 e aos 15 meses de idade. Adultos que não se vacinaram ou que não têm certeza se foram imunizados quando crianças podem procurar os postos também. “Como é uma doença de transmissão por vias respiratórias, altamente contagiosa, estamos permanentemente em alerta para que as pessoas se vacinem”, ressaltou Rosa.

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