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Governo dá nova ajuda financeira para manter atendimento na Santa Casa

Repasse de 3 milhões de reais será usado para a compra de insumos e remédios durante um mês

Por Silas Colombo
Atualizado em 5 dez 2016, 13h41 - Publicado em 24 dez 2014, 13h00
santa casa de misericórdia são paulo
santa casa de misericórdia são paulo (Márcio Fernandes/Estadão/)
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O governo de São Paulo anunciou nesta quarta-feira (24) uma nova ajuda financeira de 3 milhões de reais para manter a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo funcionando. A instituição carrega uma dívida que já superou 820 milhões de reais. Em julho deste ano, o governo já havia aplicado outros 3 milhões de reais, quando o pronto-socorro central foi fechado por 28 horas.

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O auxílio vai servir para a instituição comprar materiais e insumos, como luvas, medicamentos, curativos, seringas e agulhas durante um mês. “O que estamos fazendo  é garantir o atendimento ao SUS. A Santa Casa precisa ter boa gestão”, disse o governador Geraldo Alckmin em entrevista hoje na sede da Secretaria Estadual de Saúde.

+ Santa Casa consegue empréstimo e segue aberta

O secretário estadual de Saúde, David Uipi, afirma ainda que, na primeira semana de janeiro, haverá uma reunião entre Santa Casa, Secretaria da Saúde, Ministério Público e Ministério da Saúde “para tratar do que será feito adiante”. Ele acredita que o hospital pode cortar gastos e que a ajuda pontual pode continuar. “A Santa Casa custa hoje  30 milhões de reais por mês. A ideia é reduzir esse custo para  22 milhões de reais”, diz Uipi.

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+ Em crise, Santa Casa paga 5000 vezes a mais por remédio

A nova ajuda financeira à Santa Casa ocorreu dias após o afastamento por 90 dias do provedor da instituição, o advogado Kalil Rocha Abdalla. Ele havia dito que pediu licença para garantir transparência na sindicância interna feita pela Secretaria de Estado da Saúde, aberta para apurar uma série de irregularidades.

 

O então responsável por gerir a entidade havia dito que a crise financeira era reflexo da falta de repasse de recursos pelo governo. Em julho, o pronto-socorro central da Santa Casa ficou fechado por 28 horas devido à falta de dinheiro para comprar remédios e materiais. O governo decidiu ajudar a instituição desde que uma auditoria fosse feita nas contas da entidade. Foram detectados problemas em quase todos os setores do hospital.

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A Santa Casa também penhorou um imóvel na Avenida Paulista, avaliado em cerca de  70 milhões de reais, como garantia para um empréstimo de 44 milhões de reais com a Caixa Econômica Federal. O dinheiro será usado para pagamento de salários atrasados, 13º salário de funcionários e pagamento de fornecedores.

Essas medidas, acredita o superintendente do hospital, Irineu Massaia, darão inicio a um processo que, em 18 a 24 meses, conseguirá tornar a operação da entidade  auto-sustentável.

Na última sexta (19), a Santa Casa suspendeu, por tempo indeterminado, as consultas, as cirurgias e os exames que estavam agendados. Só o atendimento de urgência continua funcionando na instituição. Naquele mesmo dia, médicos e funcionários do hospital fizeram manifesto pedindo a saída imediata do provedor Abdalla. Reeleito em abril, o advogado ocupava pela terceira gestão consecutiva o cargo que é o equivalente ao diretor principal da entidade.

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