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Sabesp diz que vazão do Sistema Cantareira será reduzida

Ação judicial do Ministério Público pede a "revisão imediata" da retirada de água das represas

Por VEJA SÃO PAULO
Atualizado em 5 dez 2016, 14h00 - Publicado em 8 out 2014, 10h31

Um dia após a divulgação da ação judicial do Ministério Público que pede a “revisão imediata” da retirada de água do Sistema Cantareira para a Grande São Paulo e a proibição da captação integral da segunda cota do volume morto dos reservatórios, o superintendente da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Marco Antonio Lopez Barros, disse que a empresa pretende reduzir a vazão no manancial e que o uso da nova reserva profunda é “remota”.

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Em entrevista à Rádio CBN, Barros afirmou que a Sabesp está finalizando o plano de contingência para o Cantareira, que deveria ter sido entregue na última segunda-feira (6) à Agência Nacional de Águas (ANA), um dos órgãos reguladores do sistema. “Estamos tentando trabalhar um número melhor (menor) do que foi apresentado anteriormente, mas ainda não temos o estudo fechado”, afirmou. “Quanto maior for a redução, maior a possibilidade de recuperação do Cantareira com as chuvas que se avizinham.”

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O plano foi uma exigência da ANA para avaliar a liberação da segunda cota do volume morto do Cantareira, de 106 bilhões de litros, solicitado pela Sabesp. A companhia chegou a encaminhar uma proposta no dia 26 de setembro, mas depois pediu para corrigir o plano e não encaminhou a versão final. Em agosto, a agência chegou a divulgar um acordo com o governo Geraldo Alckmin (PSDB) para reduzir a retirada, mas São Paulo negou haver entendimento.

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Barros disse acreditar que as chuvas voltem ao normal a partir do dia 15 de outubro, conforme previsão do Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe), e com isso tornará desnecessário o uso da segunda reserva. Na terça-feira (7), restavam nas represas cerca de 54 bilhões de litros da primeira cota do volume morto, que podem se esgotar no mês que vem.

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“No cenário que estamos construindo, as perspectivas apontam recuperação das chuvas a partir da segunda quinzena de outubro”, disse. “O horizonte de recuperação do sistema é muito plausível de se obter”, completou.

Segundo ele, “a necessidade de retirada da segunda reserva técnica (volume morto) neste instante ainda é remota”. Barros, contudo, disse que a Sabesp não tem um plano B caso a Justiça Federal atenda ao pedido dos Ministérios Públicos Estadual e Federal e proíba a retirada da segunda cota da reserva.

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Para os promotores, ela comprometerá o abastecimento de água da região de Campinas e provocará o colapso do sistema. “A hipótese de proibição ainda não passa pela nossa condição”, afirmou.

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Crítica

O governo criticou a ação civil dos Ministérios Públicos Estadual e Federal para restringir a retirada de água do Cantareira. Segundo a Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos, a medida “parte de pressupostos que não são corretos e que vêm sendo esclarecidos”. A secretaria afirmou, em nota, que “entende que esse é um assunto técnico, que vem sendo tratado com responsabilidade, sempre buscando a cooperação de todas as autoridades envolvidas”.  (As informações são do jornal O Estado de S. Paulo).

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