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Aflições paulistanas: rejeição nas redes sociais

Especialistas afirmam que, cada vez mais, as pessoas buscam aprovação e querem se sentir parte de um grupo

Por Daniel Bergamasco
Atualizado em 5 dez 2016, 16h59 - Publicado em 4 ago 2012, 00h51

Quando os brasileiros alcançaram a maioria no Orkut, em meados da década passada, o marco foi motivo de orgulho na rede social. No gigante Facebook, ainda estamos longe dos 156 milhões de americanos, mas já somos os segundos, com 54 milhões de usuários, segundo o site SocialBakers. “A extroversão é característica nacional até na internet, mas por trás dela há também muita mágoa por rejeição, como ao ver cenas da festa para a qual não o convidaram”, diz a terapeuta Eloisa Penna. Roberto Banaco, analista do comportamento, completa: “As pessoas escrevem algo e, se ninguém curte, ficam chateadas. Essa falsa mensuração de ser gostado se torna um inferno. Antes, havia muito sofrimento por rejeição em aniversário, Natal e Ano-Novo. Agora, a aprovação passou a ser testada diariamente.”

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Para especialistas como Anna Veronica Mautner, a internet aumentou ainda mais a divisão da sociedade por grupos de interesse. “Hoje, estamos envolvidos com a necessidade de pertencer”, explica ela. “Qualquer um pode ser palmeirense, mas nem todo mundo faz parte da turminha do Colégio Santa Cruz, porque para isso é preciso ter estudado ali. Os clubinhos se defendem, têm seus códigos e se diferenciam dos outros por fatores como dinheiro ou cultura. Ficar de fora desses círculos da cidade é doloroso para muita gente. Ferramentas como as redes sociais reforçam essa angústia peculiar.”

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