PSDB municipal abre movimento pró-reeleição de Bruno Covas

O tucano será aclamado pré-candidato na convenção municipal da sigla no momento em que tenta encontrar uma marca para sua gestão

Por Estadão Conteúdo
14 abr 2019, 10h15
Bruno Covas
Bruno Covas, em foto de março de 2018, quando estava prestes a assumir a prefeitura (Leo Martins/Veja SP)
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O PSDB deve fazer neste domingo, 14, o primeiro gesto explícito de apoio à reeleição do prefeito de São Paulo, Bruno Covas. Pouco mais de um ano depois de assumir o cargo, após o hoje governador João Doria renunciar ao cargo para disputar o Palácio dos Bandeirantes, o tucano será aclamado pré-candidato na convenção municipal da sigla no momento em que tenta encontrar uma marca para sua gestão.

Neto do ex-governador Mário Covas, Bruno adotou um discurso diferente do feito por Doria, afastou-se do aliado e tenta se firmar como um polo de poder no partido. Enquanto o grupo político do governador prega uma guinada conservadora e liberal no PSDB, o de Covas fala em voltar às origens da social-democracia e dialogar com a esquerda.

O escolhido para comandar o diretório do PSDB na capital, e também a campanha de Covas em 2020, foi o sociólogo e pesquisador Fernando Alfredo. Chefe de gabinete da subprefeitura de Pinheiros, ele é um aliado histórico do prefeito. “O PSDB não é e nem será um partido de direita. Historicamente ele é mais próximo da esquerda do que da direita”, disse Alfredo ao Estado.

O novo dirigente se diz “radicalmente contra” a ideia, defendida pelo grupo de Doria, de mudar o nome do PSDB e refundar o partido. “Somos o partido da social-democracia. Não temos que refundar ou mudar de nome, mas que resgatar a bandeira da social-democracia”. Ainda segundo Alfredo, o prefeito Bruno Covas é uma liderança nacional “do mesmo tamanho” que o governador João Doria.

Na articulação para a composição da chapa da executiva do PSDB paulistano, Doria tentou emplacar um nome de sua confiança que atua na Prefeitura: o vereador e secretário da Casa Civil, João Jorge.

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O governador, porém, foi demovido da ideia ao ser alertado que isso poderia abrir uma crise interna, já que Alfredo não aceitaria desistir do cargo. Doria indicou, porém, o seu chefe de gabinete, Wilson Pedroso, para o cargo de secretário geral.

Pelo acordo entre prefeito e governador, Doria vai indicar a maioria dos cargos do diretório estadual do PSDB, em maio. O novo presidente da sigla no Estado será o secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi. O governador também articula indicar aliados para os cargos chave do diretório nacional do partido. Doria escolheu o ex-deputado pernambucano Bruno Araújo para presidir o PSDB nacional.

Para o sociólogo Rodrigo Prando, professor da Universidade Mackenzie, Covas terá muita dificuldade para se reeleger em São Paulo, apesar do contar com a máquina da prefeitura. “Ele não conseguiu imprimir uma marca na gestão e o PSDB está em uma situação muito difícil. O prefeito também parece estar enfadado no cargo”, afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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