Continua após publicidade

Professora de educação física dá aulas de futebol em Paraisópolis

À frente do projeto Um Passe para a Educação, Regina Queiroz treina 160 crianças e jovens carentes de uma das maiores favelas da cidade

Por Júlia Gouveia
Atualizado em 5 dez 2016, 14h25 - Publicado em 30 Maio 2014, 19h58

Fanática por futebol desde criança, a professora de educação física Regina Queiroz troca passes e dá chutes para ajudar seus vizinhos de bairro. Desde 2007, a moradora do Morumbi ministra aulas do esporte a crianças da favela de Paraisópolis. Ela começou sem patrocinador, dependendo apenas da parceria com uma empresa de aluguel de quadras de grama sintética,que liberou o espaço para treinos, e saía arrecadando chuteiras usadas entre os amigos dos filhos. Em menos de um ano seu “time” já contava com mais de 100 jogadores.

+ Detalhes exclusivos do Templo de Salomão, nova sede da Igreja Universal

No ano passado, a iniciativa foi rebatizada de Um Passe para a Educação e aliou-se à ONG Por Mais Alguém para angariar recursos. Foi incluída na Lei Paulista de Incentivo ao Esporte — em que empresas podem doar 3% do ICMS a projetos sociais — e passou a ter um orçamento mensal de 45 000 reais. Com isso, pôde oferecer atendimento odontológico e psicológico a seus 160 atletas entre 8 e 17 anos, além de bancar os 3 000 reais de aluguel do campo do Palmeirinha, atual endereço de treinamento. Os garotos ainda recebem uniforme, chuteiras e lanche. Há aulas duas vezes ao dia, de segunda a sexta-feira. Para participar delas, é obrigatório estar matriculado no colégio e tirar boas notas. “Puxo a orelha e não permito nem que eles falem palavrões em campo”, diz Regina, chamada de “Mãe Branca” pelos pupilos.

+ Obras de Thomaz Farkas cobrem tapumes na Paulista

Por enquanto, os resultados esportivos são tímidos. Um dos garotos do projeto chegou a atuar pelo Oeste, de Chapecó (SC), que disputa a terceira divisão do futebol catarinense, e dois outros estão defendendo equipes de futsal da capital. Mas o verdadeiro trunfo do projeto é social. “Mais do que ensinar a jogar bola, ajudamos na educação e formação dessas crianças”, explica a professora. Seus craques são o exemplo disso. “A Regina e o time são como uma família para mim”, diz o estudante Ives de Santana, de 16 anos, aluno da escolinha desde 2008. “Se não fosse por ela, hoje eu poderia estar em lugares errados. Sou muito grato”, afirma.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Domine o fato. Confie na fonte.
10 grandes marcas em uma única assinatura digital
Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

a partir de R$ 39,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.