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Prefeitura estabelece novo prazo para despejo do Teatro de Contêiner

Gestão municipal dá até quinta-feira (21) e fala em "medidas cabíveis" em caso de não desocupação

Por Luana Machado
19 ago 2025, 07h00
teatro-de-conteiner-despejo
Fachada do teatro: iniciativa reconhecida internacionalmente  (Leo Martins/Veja SP)
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Meses após a entrega de uma ordem extrajudicial para a desocupação do terreno municipal número 43 na Rua dos Gusmões, onde estão sediados o Teatro de Contêiner e o coletivo Tem Sentimento, a Prefeitura de São Paulo estabeleceu um prazo, de 15 dias, contado a partir do dia 6 de agosto, para o despejo da Companhia Mungunzá de Teatro, mantenedora do espaço cultural, e da entidade social que acolhe mulheres trans e cis em situação de vulnerabilidade social.

A gestão municipal, agora, delimita na próxima quinta-feira (21) como prazo para o encerramento da desocupação e informa que “a partir disso, a Prefeitura tomará as medidas cabíveis para retomar a área”. Em nota, o município afirma que ofereceu duas alternativas para os representantes do teatro, uma na Rua Conselheiro Furtado, na Liberdade, e a mais recente na Rua Helvétia, com cerca de mil metros quadrados, o triplo da área atual, segundo a prefeitura.

As lideranças do equipamento e da companhia, ganhadora de prêmios como o Shell e o APCA, no entanto, indicam que as propostas de mudança não contemplam o conceito arquitetônico do equipamento cultural, reconhecido também no International Theatre Engineering & Architecture Conference (ITEAC) em 2023, evento em Londres que destaca projetos em espaços de atuação e produção artística em áreas vulneráveis.

Eles enviarem para a Subprefeitura da Sé um pedido de prorrogação do prazo por 120 dias  considerando o impacto sobre a programação prevista para até dezembro e para “assegurar a preservação do patrimônio material e imaterial que o equipamento representa”.

Na resposta, o grupo cita que propôs duas possibilidades para o munícipio que atendem as necessidades do teatro e aguardam análise. Uma delas na Rua Dr. Albuquerque Lins, altura do número 460, ao lado da estação Marechal Deodoro do Metrô, e outro na Rua Mauá, número 147, ao lado do Memorial da Resistência, em um imóvel pertencente à União, mas que está sob a tutela do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e atualmente ocupado por uma empresa privada. A segunda foi rejeitada por se tratar de um terreno do governo estadual, segundo a gestão.

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Outra possibilidade elencada, foi a transferência para dentro do Parque Jardim da Luz, em modelo semelhante ao projeto Mundo do Circo, no Parque Estadual da Juventude, na zona norte da capital.

No documento, as lideranças ainda citam o pedido do gabinete da ministra da Cultura, Margareth Menezes, realizo no último dia 8, para extensão do prazo de despejo por mais 180 dias para mitigação do impacto do processo.

Despejo do Teatro de Contêiner

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A primeira ordem de despejo foi recebida no dia 28 de maio estipulando um prazo de quinze dias para a saída para que seja realizada a construção de um hub de moradia social, de acordo com a prefeitura. Em um primeiro momento, as lideranças do espaço entraram com duas propostas para evitar o despejo, desenhando uma integração do equipamento com espaços públicos e prédio residencial.
Uma investigação contra o prefeito Ricardo Nunes e os secretários Totó Parente, da Cultura, e Regina Santana, Direitos Humanos, está em andamento no Ministério Público de São Paulo sobre possível improbidade administrativa no processo da primeira ordem de despejo.
O Teatro de Contêiner ocupa o local desde 2017 e é composto por uma estrutura com quinze contêineres marítimos, além de estruturação e cobertura termo acústica, paredes de vidro, infraestrutura técnica de som, iluminação, projeção e acomodações, bem como um acervo artístico e cultural.
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