Prefeitura e MLSM fecham acordo para famílias deixarem Largo do Paissandu
Moradores serão levados para o Centro de Inclusão pela Arte, Cultura, Trabalho e Educação, a cerca de 3 quilômetros do local
A Prefeitura de São Paulo fechou acordo na noite desta quarta-feira, 2, com a liderança do Movimento de Luta Social por Moradia (MLSM) para realocar famílias que moravam no Edifício Wilton Paes de Almeida, que desabou na madrugada desta terça-feira (1º).
Segundo o acordo, os moradores serão levados do Largo do Paiçandu, no centro, para o Centro de Inclusão pela Arte, Cultura, Trabalho e Educação (Cisarte), localizado no Viaduto Pedroso, número 111, a cerca de 3 quilômetros do local.
A transferência dará prioridade a mulheres e crianças. Inicialmente, os moradores se recusavam a deixar o Largo do Paiçandu, onde se instalaram em barracas perto da Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos.
Em meio às barracas de acampamento no Largo do Paiçandu, com crianças e mulheres deitadas em colchões, há bastante lixo espalhado. O clima era de tensão na tarde desta quarta-feira e o local atraía curiosos desde as primeiras horas da manhã.
No início da tarde, lonas foram erguidas e presas às paredes da igreja. O cenário era de sujeira, com pedaços de comida no chão. Montanhas de sacolas e caixas de papelão com doações lotavam a escadaria de entrada da igreja, que está de portas fechadas desde o início do dia.