Prefeito de Sorocaba quer apoio do Congresso para vetar Marcha da Maconha no país
Ideia surgiu após pedido de realização de evento na cidade; Rodrigo Manga é o mesmo que criou barreiras contra dependentes químicos da Cracolândia
Após receber o pedido de realização da Marcha da Maconha em sua cidade, o prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos), teve a ideia de ciar uma verdadeira cruzada nacional contra eventos desse tipo. Para isso, quer se valer de seu cargo como vice-presidente de Política Contra as Drogas na FNP (Frente Nacional dos Prefeitos) para pressionar o Congresso Nacional e mudar a Constituição, de modo a vetar eventos que, segundo ele, façam apologia às drogas.
+Helicóptero cai na Zona Sul e deixa dois feridos
“Eventos tais como a Marcha da Maconha tentam romantizar o uso das drogas, e não quero que ele venha para a nossa cidade. Vou visitar todas as capitais do país e falar com prefeitos para que eventos desse tipo sejam negados, e convidá-los para estrar conosco no Congresso”, afirmou.
Manga afirmou que o pedido da Marcha da Maconha chegou ao seu gabinete no dia 17 deste mês, última segunda-feira. A intenção dos organizadores é a de ocupar o Parque das Águas no dia 12 de novembro. Segundo o prefeito, o pedido será negado oficialmente e ele irá protocolar um pedido na Justiça para que o evento seja vetado em qualquer outra parte da cidade.
“Além disso já existe um outro evento, anterior a este, e na mesma data e local. Não há como mobilizar a secretaria de mobilidade para atender aos dois”, explica.
+Polícia Civil acredita que tiroteio em Paraisópolis foi intimidação a PMs
O outro evento, denominado Park Rock Festival, foi protocolado no dia 2 de agosto. A reportagem procurou os organizadores da Marcha da Maconha em Sorocaba, porém, não obteve resposta do pedido de entrevista.
Cerco
Em junho deste ano, Manga criou uma série de medidas para evitar que dependentes químicos da Cracolândia, na região central da capital, aportassem na cidade de Sorocaba e região.
À época, ele criou barreiras sanitárias para evitar que os dependentes entrassem na cidade. Dizendo conhecer o assunto, por ter sido também usuário de drogas e estar livre do vício há 15 anos, bandeira que o levou a se eleger vereador e também prefeito duas vezes, ele afirmou, à época, que a migração aconteceu pelas ações de combate ao tráfico na região.