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Nova aposta da eletrônica, DJ de 20 anos faz aquecimento do Kaballah

Americano Porter Robinson coleciona elogios de Tiësto, Skrillex e Deadmau5. Nesta sexta, ele se apresenta no Clash Club, na Barra Funda

Por Redação Veja São Paulo
Atualizado em 5 dez 2016, 16h10 - Publicado em 5 abr 2013, 14h09
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porter_robinson (Divulgação/)
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De coadjuvante em shows de Tiësto e Skrillex, o DJ Porter Robinson, de apenas 20 anos, passou a ser conhecido com uma das grandes apostas da música eletrônica mundial. Nascido na Carolina do Norte e com pouco mais de um ano de carreira, Robinson já participou de festivais como o Coachella, Tomorrowland, Creamfields e do Lollapalooza em São Paulo, onde se apresentou no último dia 29, além de ocupar atualmente a 21ª posição na lista de DJs da Billboard.

Em turnê pela América Latina, lançou seu primeiro EP, Spitfire, pelo selo de Skrillex e causou alvoroço no site Beatport, que não suportou a quantidade de downloads. A fama rendeu a ele o convite de Lady Gaga para produzir o remix da faixa The Edge of Glory, do álbum Born This Way.

Por aqui, Robinson aterrissa em mais uma balada, desta vez, no warm-up do Kaballah Circus Festival, nesta sexta (5), na Clash Club, com a participação de E-Cologik, Mixhell e Disco Killah. Antes de assumir os pick-ups, o DJ conversou com VEJA SÃO PAULO.COM. Confira:

Tiësto, Deadmau5 e Skrillex colocaram você em uma situação complicada. Eles declararam que você, além de ser artista nato, pode ser a salvação da música eletrônica. Isso não seria muita pressão em cima de você, sendo tão novo?

Eu fico lisonjeado, mas não me sinto pressionado. Eu não sinto nenhum tipo de responsabilidade na cena da dance music. Eu só estou interessado mesmo nas músicas que eu componho. E eu digo isso porque meu próximo trabalho tem muito mais a ver com nostalgia, emoção, beleza e sentimento do que uma música de pista de dança. Às vezes até pode ser para dançar, mas na maioria das vezes eu estou escrevendo as músicas com elementos que me inspiram, com sons mais vintages. Alguns fãs que querem dançar podem rejeitar, e tudo bem. Eu estou escrevendo música porque eu amo compor.

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O que é mais legal de ser um artista novo com esse tipo de sucesso?

É bem bom, eu acho. Você pode esperar mais de um lado obscuro, mas a gente é muito responsável. Nós não perdemos voos, somos pontuais nos shows, não usamos drogas ou nada dessas coisas… É mais fazer um show divertido e entreter quem gosta da música.

E qual seria o lado ruim?

A única coisa [ruim] é não ter muito tempo para ver meus cachorros e meus irmãos.

Como você definiria seu som e quem são suas influências?

É uma pergunta um pouco difícil de responder porque eu estou mudando constantemente. A primeira música que eu escrevi era muito agressiva e minhas primeiras influências eram de electro-guard, como Wolfgang Gartner e DeadMau5 e alguns [DJs] de bass music, como Noisia. O que eu tenho produzido ultimamente é mais melódico. E o próximo álbum também é bem diferente das minhas duas últimas músicas lançadas. Novamente, é tudo ao redor  da emoção e da beleza, mas o som e o tempo são bem diferentes. Não é muito típico da dance music eletrônica. É mais desafiador e estranho.

Onde você busca inspiração quando está compondo?

Grande parte do tempo vem de artistas visuais que eu encontro no Tumblr. Existem tantos artistas visuais que trazem o incomum, o progressivo, a beleza e isso me inspira demais. Eu coleciono livros de arte que são o que eu quero que a minha música seja. A originalidade e a rejeição ao normal são inspirações para mim.

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O que você sabia sobre São Paulo antes de vir para cá?

Para ser honesto, eu não conhecia muito. Eu sou um cara bem caseiro. E o Brasil me impressionou por conta de suas belezas naturais. A gente não conheceu ainda a vida noturna – não costumamos sair muito – mas vimos paisagens de tirar o folêgo nas cidades litorâneas [Robinson se apresentou em Maresias, no sábado, dia 30].

Você tocou no Lollapalooza em São Paulo, no dia 29. O que achou do público brasileiro? E qual a diferença dos outros países?

Ainda é difícil dizer. O público no Lolla foi incrível. Eles gostaram de todas as músicas desafiadoras e estranhas. Uma coisa que eu notei que foi mais peculiar é que o púbico brasileiro gosta da participação da multidão.Todo mundo bate palma acompanhando a música e quando eu aceno para alguma parte do público, as pessoas ficam automaticamente eufóricas. É diferente para mim, porque eu nunca tento interagir. Eu nunca pego no microfone porque eu deixo a música falar por ela mesma, mas no Lolla eu tentei ir além.

O que você está ouvindo neste momento?

Minhas maiores influências neste momento é a banda Alt-J, Kanye West,  a japonesa Kyary Pamyu Pamyu, Chvrches, da música Purity Ring, a banda Galileo Galilei, The M Machine e, claro, os clássicos como Ratatat, Postal Service e Sigúr Ros. Gosto dos que não têm medo de ser emotivos e bonitos.

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