Cidades

Polícia Militar faz ação na Favela do Moinho em meio a protestos

Comunidade paralisou fluxo da linha 8-Diamante na segunda (12) e na terça (13); Prefeitura defende que medida garante segurança e evita novas ocupações

Por Redação VEJA São Paulo SEGUIR SEGUINDO
13 Maio 2025, 16h02

A Polícia Militar iniciou na manhã de terça (13) uma nova ação para garantir a demolição das casas da Favela do Moinho, comunidade na região central de São Paulo, alvo de uma desapropriação para a construção de um parque na região. O governo de São Paulo iniciou a remoção de algumas das 820 famílias que moram na favela em 22 de abril deste ano e agora realiza a desmontagem das casas. A demolição começou na segunda-feira (12) e gerou protestos por parte dos moradores, que paralisaram a linha 8-Diamante entre as estações Julio Prestes e Palmeiras-Barra-funda na própria segunda e também na terça.

Segundo a Prefeitura, a ação conta, desde terça-feira (13), com aval da Secretaria de Patrimônio da União (SPU). “A iniciativa é fundamental para garantir a segurança devido ao alto perigo dos imóveis. Além disso, evita novas ocupações que poderiam ampliar o número de pessoas expostas a esses constantes riscos de segurança e saúde públicas. Só estão sendo demolidas moradias de pessoas que já deixaram, de maneira voluntária, o local, após aceitação do Plano Habitacional proposto pela Companhia”, escreveu a Prefeitura em nota.

Vídeos reproduzidos nas redes sociais denunciaram uso de violência e de bombas de gás lacrimogêneo direcionados à população. Em um dos vídeos, é possível ver uma criança passando mal e sendo socorrida por uma ambulância.