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Polícia Militar faz a reintegração de posse da reitoria da USP

Ação aconteceu na manhã desta terça-feira (12), com ajuda da Tropa de Choque. Estudantes saíram sem confrontos; dois foram detidos

Por Juliana Deodoro
Atualizado em 5 dez 2016, 15h28 - Publicado em 12 nov 2013, 08h25

Seguindo determinação da Justiça, a Polícia Militar fez a reintegração de posse do prédio da reitoria da USP na manhã desta terça-feira (12). Por volta das 5h30, a Tropa de Choque cercou o local. Os estudantes, que tinham vigilantes do lado de fora, saíram antes da polícia entrar. Duas pessoas foram detidas. Em resposta à ação, os alunos pretendem fazer uma manifestação às 16h na Avenida Paulista.

Após 42 dias ocupado, o prédio tem quase todas as paredes pichadas. Segundo a assessoria de imprensa da universidade, computadores, mesas e cadeiras sumiram, assim como equipamentos da Rádio USP, que também funcionava no local. Funcionários que trabalhavam por ali estão fazendo um levantamento do prejuízo em cada uma das salas. A USP acredita que terá um inventários dos danos em 15 dias.

Na sala onde ficavam os presentes de outras universidades, como pratos e vasos de países como Turquia, Coreia do Sul, Reino Unidos e Espanha, objetos também desapareceram, segundo a universidade.

Os dois estudantes detidos são acusados por furto qualificado, dano qualificado ao patrimônio público e formação de quadrilha e foram levado ao 93º Distrito Policial (Jaguaré). Segundo o delegado Celso Lahoz Garcia, até o momento foi registrado o furto de dois notebooks, um telefone celular e troféus da universidade. “A partir do momento que você está dentro do espaço, você é partícipe do crime”, disse.

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O advogado do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Felipe Vono, nega que os detidos participavam da ocupação. Segundo ele, os dois participavam de uma atividade de confraternização no Centro Acadêmico de Filosofia quando souberam da reintegração de posse e foram acompanhar. Os dois, ele afirma, foram abordados e agredidos por quatro policiais e levados à delegacia. “Eles estão sendo utilizados como álibis para tudo o que aconteceu. A acusação de formação de quadrilha é um absurdo, pois se trata de dois estudantes.”

Sobre os furtos e depredações do prédio da reitoria, Vono disse que o DCE não se responsabiliza por nada e que cabe à Polícia Civil investigar o que aconteceu. Um inquérito foi aberto no primeiro dia de ocupação e segundo o delegado Garcia a polícia irá primeiro colher provas e depois interrogará a diretoria do DCE.

Ocupação

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A greve estudantil e invasão a reitoria da universidade começou no 1º de outubro. O estopim foi uma reunião do Conselho Universitário que decidiu continuar com eleições indiretas para os cargos de reitor e vice-reitor. Os alunos pedem a anulação da reunião e eleições diretas. A votação para definir o substituto de João Grandino Rodas – escolhido pelo então governador José Serra em 2009 – deve acontecer ainda este ano. O mandato de Rodas termina em janeiro de 2014.

Depois de negar em primeira instância, a Justiça determinou no último dia 4 a retomada da reitoria. A justificativa foi que o prédio sofreu depredação e haveria até a presença de ‘black blocs’ na ocupação.

Reunidos em assembleia na noite do dia 6, mais de 1 300 estudantes da USP decidiram manter a greve e a ocupação do prédio da reitoria. A manutenção da situação foi aprovada por 747 votos, ante 562 contrários.

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Os alunos chegaram a considerar migrar a ocupação para o prédio da nova reitoria – o que eles estão é a antiga sede, de onde o reitor não despacha mais -, mas não chegaram a um consenso.

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