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Polícia de SP cria cadastro de bikes roubadas

Boletins de ocorrências de roubo, furto ou apreensão de bicicleta deverão conter obrigatoriamente a marca, a cor, o tamanho (aro) e o número de série do quadro

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 27 dez 2016, 15h42 - Publicado em 8 set 2016, 09h30

A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo criou na quarta-feira (7) um cadastro estadual de bicicletas roubadas para tentar frear o aumento desse crime na capital. O número de casos registrados na cidade subiu 37% desde 2014, após a expansão da rede de ciclovias e ciclofaixas.

+Cerca de cinco bicicletas são furtadas ou roubadas por dia na capital

Segundo resolução publicada pelo secretário Mágino Alves no Diário Oficial do Estado, a partir de agora os boletins de ocorrências de roubo, furto ou apreensão de bicicleta deverão conter obrigatoriamente a marca, a cor, o tamanho (aro) e, quando informado, o número de série do quadro, como já é feito no caso de veículos motorizados, como carros e motos.

A proposta é que o cadastro das bikes seja acessado pelos policiais militares em patrulha na rua quando eles abordarem um ciclista com uma bicicleta suspeita, o que facilitará a recuperação do veículo pelo dono . “Seria como o chassi da bicicleta”, disse Alves no mês passado, quando anunciou a medida.

A resolução prevê que, na hipótese de apreensão de bicicleta, o policial fará uma pesquisa no Registro Digital de Ocorrência (RDO) por meio do número de série – para saber se o veículo é de origem criminosa ou não e adotar as medidas legais. Ainda de acordo com o texto, os distritos policiais (DPs) terão dois meses para fazer o cadastro de todas as bicicletas apreendidas que se encontram depositadas nas unidades.

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Segundo informações obtidas pela Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo (Ciclocidade), existem cerca de 3 800 bicicletas apreendidas nos DPs da capital. O diretor-geral da entidade, Daniel Guth, disse que “sistematizar” os dados de BOs envolvendo bicicletas “é algo positivo”, mas que “ainda é muito prematuro prever se essa medida terá impacto na melhoria dos índices de roubos”.

Ao lado de outros cicloativistas, Guth se reuniu com o secretário na semana passada para discutir a criação do cadastro de bikes roubadas e de um grupo de trabalho que será montado para acompanhar os registros e propor outras soluções.

“Só a criação do cadastro, isoladamente, não produz efeito, a não ser melhorar a qualidade dos dados. A gente também não quer que essa medida induza um aumento das abordagens de ciclistas, que seria um ato discriminatório. Por isso é importante a participação da sociedade civil no acompanhamento desse trabalho.”

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