Após polêmica envolvendo Bolsonaro, Águia de Ouro se desculpa

Escola de samba foi acusada de criticar o político com componente vestido de Hitler com faixa presidencial; Federação Israelita repudiou o caso

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 4 fev 2019, 17h52 - Publicado em 4 fev 2019, 17h50
Águia de Ouro: componente vestido de Hitler com faixa presidencial é alvo de repúdio (Reprodução/Veja SP)
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A fantasia de um componente da escola de samba Águia de Ouro durante ensaio técnico no último sábado (2) causou grande revolta na internet. Isso porque um participante da agremiação apareceu vestido de Adolf Hitler, usando a faixa presidencial, além de fazer o símbolo de armas com as mãos, umas das marcas registradas da campanha de Jair Bolsonaro (PSL) à Presidência da República, em 2018.

Por conta disso, muitos internautas acreditaram que a performance se tratava de uma crítica ao presidente. “Vai ser lindo entrarem e saírem da avenida ao som de muitas vaias. Provocaram, agora aguentem”, escreveu um.

Em nota, a escola afirmou que tudo não passa de uma ação isolada do componente e não da opinião da entidade. “[Em] momento algum se refere ao Bolsonaro, pois não seríamos levianos em incluir alguém que acaba de assumir o cargo. O nosso enredo marca a história de 1500 a 2018, até porque quando construímos o projeto ainda não sabíamos quem seria o presidente eleito”, afirma o texto. “Essa alusão tem foco direto ao governo ditador de Getúlio Vargas que fez do Brasil uma ditadura, os paulistas que o digam!”

O caso também não repercutiu bem na comunidade judaica paulista. Após a divulgação das imagens, a Federação Israelita do Estado de São Paulo lançou uma nota criticando a agremiação. “Sempre repudiamos quando alguém associa os crimes cometidos durante o nazismo a algum fato do cotidiano. O Holocausto é algo muito sensível para a comunidade judaica em todo o mundo e para todos que sofreram com esta barbárie”, escreveu.

Em vídeo, o presidente da escola, Sidinei Carriuoulo, disse que o ocorrido tomou proporções exageradas. “O uso da suástica e o rapaz vestido de Hitler que estava no último carro fugiram do nosso controle”, afirmou. “Não tem nada a ver com o nosso enredo, nem nada a ver com nosso Carnaval. Gostaria de pedir desculpas a todos.”

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Confira o posicionamento da escola na íntegra.

“Algumas matérias estão sendo vinculadas com um título negativo para a escola, dizendo que estamos fazendo alusão ao novo presidente. Com relação a matérias do personagem do ensaio técnico ‘Hitler’, esclarecemos que em momento algum se refere ao Bolsonaro, pois não seríamos levianos em incluir alguém que acaba de assumir o cargo. O nosso enredo marca a história de 1500 a 2018, até porque quando construímos o projeto ainda não sabíamos quem seria o presidente eleito, isso se deu em meados de 2018. Essa alusão tem foco direto ao governo ditador se Getúlio Vargas que fez do Brasil uma ditadura, os paulistas que o digam! MMDC, Revolução de 32! A Águia de Ouro, clama por paz e justiça!” 

Veja a repercussão:

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