Piloto e copiloto morreram na queda de avião na Zona Norte
A mãe de um deles passou mal ao chegar ao local do acidente e foi socorrida por uma ambulância

O Corpo de Bombeiros informou que os corpos do piloto e do copiloto foram retirados de dentro da aeronave que caiu nesta sexta-feira, 30, na Zona Norte da capital paulista. As vítimas são Guilherme Murback, 26 anos, e Leonardo Iamamura. Murback era CEO de uma empresa do ramo aéreo chamada Air Box.
A mãe de um deles passou mal ao chegar ao local do acidente e foi socorrida por uma ambulância. Amigos e parentes lamentaram as mortes nas redes sociais.
O avião de pequeno porte caiu na tarde desta sexta-feira na Avenida Antônio Nascimento Moura, próximo ao aeroporto do Campo de Marte. De acordo com o Corpo de Bombeiros, pelo menos duas pessoas morreram e doze ficaram feridas.
A aeronave atingiu uma casa e danificou pelo menos outras duas. Havia acabado de decolar do Campo de Marte às 15h55, com destino a Jundiaí, no interior paulista, quando caiu.

Entre os feridos, sete eram pedestres que passavam pelo local do acidente e cinco, pessoas que estavam dentro das casas atingidas. Nenhum dos feridos corre risco de morrer e o foco do incêndio está controlado.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, dez viaturas foram deslocadas para o local. O avião de modelo Cessna 210 pertencia a um empresário do setor imobiliário e de venda de automóveis, representante da Mitsubishi. Ele não estava a bordo.
https://twitter.com/BombeirosPMESP/status/1068600471609376769
Aeroporto do Campo de Marte
O Campo de Marte, que opera com aviação geral, com voos executivos e escola de pilotagem, registrou diversos acidentes com aeronaves e helicópteros. Especialista em prevenção de acidentes, Luiz Alberto Bohrer, diz que o aeroporto tem condições regulares e está dentro das normas e regras de segurança para pousos e decolagens.
“O aeroporto não é perigoso, mas há um risco maior para as casas que ficam no seu entorno. Um risco que existe em torno de qualquer aeroporto”, diz ele. Para ele, o número alto de acidentes no local pode ser explicado pelo tipo de operação.
Segundo ele, a aviação comercial têm, em geral, maior fiscalização do que a aviação geral. “As exigências e a fiscalização são menores e isso dá margem para que o nível de risco se eleve. O proprietário de um avião pequeno é o responsável pela manutenção da aeronave e pela contratação de pilotos experientes e que respeitem as regras de treinamento.”