Paulistanos confessam suas 10 maiores insatisfações em relação a São Paulo
Segundo pesquisa do IBOPE, os moradores de São Paulo gostariam que houvesse melhorias em diversas áreas
A média de satisfação quanto à saúde, educação, transporte, habitação e outros pontos relacionados à capital está baixa. A honestidade dos governantes é o que mais desagrada a população, com média de 2,3 de satisfação.
Os números fazem parte de uma pesquisa para mensurar a percepção dos paulistanos e focar as ações públicas e privadas, feita pelo IBOPE a pedido da ONG Movimento Nossa São Paulo. Os dados formam os Indicadores de Referência de Bem-Estar no Município (Irbem).
As avaliações foram de 1 a 10, sendo que o 1 significa totalmente insatisfeito e o 10 totalmente satisfeito. Os piores índices relacionados à qualidade de vida não passaram de 3,5.
Confira as médias abaixo:
– Honestidade dos governantes – 2,3
– Punição à corrupção – 2,6
– Transparência dos gastos e investimentos públicos – 2,7
– Acompanhamento das ações dos políticos eleitos – 2,8
– Participação popular em conselhos das subprefeituras – 3,3
– Forma de participação na escolha dos subprefeitos – 3,4
– Segurança no trânsito – 3,4
– Respeito ao pedestre – 3,5
– Distribuição de renda – 3,5
– Oportunidades de trabalho para a terceira idade – 3,5
Cultura, lazer e modo de vida
Os índices relacionados à parte cultural e de relacionamento do paulistano com atividades de lazer receberam notas abaixo da média 5,5. A frequência com que as pessoas leem jornais, livros e revistas, por exemplo, recebeu 5,2. Assuntos como viagens e idas ao cinema receberam índices ainda menores; 4,1 e 3,8 respectivamente.
As avaliações dos assuntos estritamente culturais também refletem insatisfação. Preços das entradas de teatros, shows e cinemas receberam média 3,8 enquanto a proximidade de teatros teve 3,9.
Veja os itens avaliados:
– Frequência com que visita museus e exposições – 3,6
– Frequência com que vai ao cinema – 3,8
– Preços das entradas de teatros, shows e cinemas – 3,8
– Proximidade de teatros – 3,9
– Frequência com que viaja – 4,1
– Frequência com que vai a clubes ou espaços de lazer e recreação – 4,2
– Proximidade de centros culturais – 4,3
– Frequência com que faz atividades físicas – 4,4
– Frequência com que participa de atividades culturais – 4,4
– Proximidade de bibliotecas públicas – 4,4
– Frequência com que tem contato com a natureza – 4,7
– Manifestações artístico-culturais nas escolas – 5,0
– Tempo disponível que possui para o lazer – 5,1
– Frequência com que sai com amigos – 5,2
– Frequência com que lê jornais, livros e revistas – 5,2
– Frequência com que visita familiares – 5,7
Internet
Cinco fatores foram avaliados quanto ao acesso à internet. A média geral 6,0 foi considerada positiva. O piores itens avaliados foram a disponibilidade de agendamento de consultas médicas pela internet com 5,4 e a satisfação com políticas públicas e gratuitas para o acesso com 5,2.
Abaixo os valores em separado:
– Acesso ao uso da internet – 6,8
– Quantidade de serviços públicos e privados que podem ser agendados pela internet – 6,2
– Proximidade de telecentros, infocentros e lan houses – 6,2
– Disponibilidade de agendamento de consultas médicas pela internet – 5,4
– Políticas públicas e gratuitas para o acesso à internet – 5,2
Viveria em outra cidade?
A maioria das 1 512 pessoas entrevistadas respondeu SIM a essa pergunta, caso tivessem a oportunidade. A porcentagem subiu de 46% em novembro de 2008 para 57% em dezembro de 2009. O número mostra o quanto a infra-estrutura de São Paulo deixou de atender às necessidades da população. A intenção da pesquisa encomendada pelo Movimento Nossa São Paulo é direcionar as ações para que ela visem o bem-estar dos paulistanos.
Fonte dos dados citados: IBOPE Inteligência