Febre da capivara: lugares de São Paulo para ver os animais do momento
Sucesso entre crianças e adultos, animais podem apresentar riscos à saúde

As capivaras se tornaram febre mundial: elas estampam camisetas, canecas , bichos de pelúcia e até em comidas – como o capistel, sucesso das redes sociais. A nova onda cruzou o oceano e conquistou também o público internacional, com popularização de vídeos dos bichinhos na internet. No Japão, a cafeteria Café Capyba faz uma homenagem aos animais e tem reservas disputadas.
Animais semi-aquáticos, as capivaras moram em regiões de matas ciliares, manguezais, savanas inundáveis, sempre próximas à água. Elas vivem em grupos familiares de 2 a 6 animais ou em bandos de até 20 e podem ser encontradas na América Central e na América do Sul.
Surfando na popularidade, algumas lojas, como a Capivarando, vendem produtos temáticos do roedor. Lá, é possível encontrar bichinhos de pelúcia, camisetas, pijamas, bolsas, meias e muito mais.
Para quem quer ver os maiores roedores do mundo em pele e osso, alguns lugares permitem ver os bichinhos – de longe, já que, apesar de aparência fofa, são animais silvestres e podem trazer doenças graves. Confira alguns lugares para ver capivaras na capital paulista:
Onde ver capivaras em São Paulo:
Rio Pinheiros

Segundo o Projeto Capa, são cerca de 120 capivaras espalhadas nas margens do Rio Pinheiros. Na raia olímpica da Cidade Universitária, no Butantã, paralela ao rio, é comum ver os animais descansando.
Zoo de São Paulo
O zoológico é lar do Miguel, filhote de capivara que chegou no fim de 2024. Ele divide recinto com a anta e é um dos sucessos do Zoo.
Avenida Miguel Stéfano, 4241, Água Funda, 5073-0811. Seg. a sex., 9h às 17h. Sáb. e dom., 9h a 18h.
Parque Anhanguera
O parque em Perus, na zona noroeste da cidade, tem fauna rica, com 382 espécies identificadas. Lá, além de capivaras, é possível encontrar falcões, sapos, serpentes, cágados, lagartos, furões, quatis, veados, tatus, jaguatirica e suçuarana.
Estrada de Perus, altura n° 1.000 (km 25 da Rodovia Anhanguera). 3916-2406. Todos os dias, 6h/18h.
Parque Ecológico do Tietê
Localizado na várzea do Rio Tietê, o parque é ideal para quem quer explorar a fauna paulistana. Há uma grande profusão de quatis, além de anu-pretos, biguás, gavião carcarás, chupins, sabiá-pocas, irerês, abelhas, borboletas brancas, teiús e, claro, capivaras. O espaço também oferece passeios de trenzinho, pedalinho e triciclos.
Rua Gira Acangatara,70, Cangaíba. 2823-2250. Todos os dias, 6h/17h.
Represa Guarapinga

A Represa, que tem uma área de 26km2 é outro bom lugar para ver os bichinhos, que descansam nas margens.
Cuidados essenciais
No geral a convivência com as capivaras é tranquila, mas é sempre bom tomar algumas precauções. A pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP) Lina de Campos Binder faz algumas recomendações para garantir a saúde e segurança
1.Passear com cachorros sempre com guia
O controle de cães é fundamental, já que há relatos de brigas entre cachorros e capivaras.
2. Cobrir o corpo ao frequentar áreas usadas por capivaras
Os espaços onde os animais descansam, gramados próximos a lagoas, vegetação ao longo das margens dos rios, podem estar intensamente infestados por carrapatos. Por isso, recomenda-se o uso de sapato fechado, calça e camisa de manga comprida, para reduzir a exposição a esses artrópodes.
Os carrapatos também podem ser transmissores de febre maculosa brasileira, uma doença grave quando não tratada adequadamente. “Nas áreas onde esta doença ocorre, é recomendado que as pessoas não circulem nos lugares frequentados por capivaras para evitar o contato com carrapatos”, explica a pesquisadora. Caso seja necessário frequentar a área, recomenda-se roupas que protejam o corpo e diminuam a possibilidade de picadas.
Se a pessoa apresentar algum sintoma, como febre acompanhada de dor no corpo ou manchas avermelhadas na pele, é importante buscar o serviço de saúde e informar ao profissional que ela esteve em uma área com presença de capivaras.