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“O Pato, a Morte e a Tulipa” é atração do Teatro Cacilda Becker

Com direção de Carlos Canhameiro, peça traz uma abordagem leve e bem-humorada sobre o fim da vida

Por Carla Nobre de Carvalho
Atualizado em 5 dez 2016, 18h13 - Publicado em 19 mar 2011, 00h50

Falar sobre a morte virou assunto recorrente nos palcos infantis, por mais estranho que isso possa soar. Algumas montagens erram o tom e causam constrangimento na plateia. Outras vão pelo caminho do humor, encantam e criam uma brecha para a família conversar sobre o tema. É o caso da simpática “Tem, Mas Acabou”, atualmente no Teatro do Sesc Belenzinho, e da divertida O Pato, a Morte e a Tulipa, em cartaz no Teatro Cacilda Becker. Levada pela Cia. de Feitos, a peça dirigida por Carlos Canhameiro transforma a morte em um personagem pronto para fazer reflexões sobre sua “profissão”. Inspirada no livro do alemão Wolf Erlbruch, a história apresenta três patos (os atores Artur Kon, Giscard Luccas e Leandro Ivo) perseguidos pela sinistra figura (Denise Cruz). Intrigados, eles tentam descobrir o que acontece quando tudo termina e passam a temer por esse dia.

Projeções coloridas em uma grande tela, além de criativos efeitos de luz, representam os vários ambientes e os momentos de devaneio das aves sobre a hora da partida. Há espaço ainda para as músicas “Rap do Patinho”, “O Pulso da Pata do Pato” e “Esportes Radicais”. O texto também faz graça da relação do mundo animal com o fim da vida, como quando um dos bichos diz: “Pato bom vira cisne e pato ruim vira marreco depois de morrer”. Apesar do tom de comédia, vale o aviso: os menorzinhos podem ficar amedrontados com algumas situações.

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