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Número de mortos por metanol em SP sobe para 9

Uma das vítimas foi um jovem de 25 anos que estava em coma desde 1º de setembro

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
25 out 2025, 11h01
Casos de intoxicação por metanol deixa população em alerta
 (João Valério/Governo de SP/Divulgação)
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O número de mortes confirmadas por intoxicação por metanol subiu de 7 para 9 no estado de São Paulo, segundo boletim divulgado pelo governo paulista nesta sexta-feira (24). Outras 19 mortes seguem em investigação no estado.

A oitava vítima foi Rafael Anjos Martins, jovem de 25 anos que morreu nesta quinta (23). Ele estava em coma desde o dia 1º de setembro, após consumir um gin adulterado com metanol comprado em uma adega na zona sul de São Paulo. A última morte confirmada foi de uma mulher de 27 anos, de Osasco, em 23 de setembro, ainda não identificada.

Ao todo, no Brasil, foram registradas 15 mortes confirmadas – 9 em São Paulo, 6 no Paraná e 6 em Pernambuco – e 32 sob investigação. Os casos confirmados no país chegaram a 58.

O que é o metanol?

O metanol é um álcool utilizado como adulterante de combustível de automóvel e de bebidas alcoólicas, por fábricas clandestinas e falta de controle rigoroso na fabricação. Também é encontrado em fluido limpador de para-brisas e é matéria-prima para a fabricação de biodiesel.

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Embora o metanol em si não seja tóxico, a toxicidade surge da metabolização no corpo, que forma metabólitos tóxicos para o organismo, especialmente para o sistema nervoso central.

Quando o metanol é ingerido, ele é metabolizado por uma enzima chamada álcool desidrogenase e vira um formaldeído. Posteriormente, é transformado em ácido fórmico por outra enzima chamada aldeído desidrogenase. Os produtos dessa transformação são responsáveis pelas alterações gastrointestinais, neurológicas e pelo depósito direto do álcool no aparelho ocular.

Sintomas de intoxicação por metanol

As manifestações clínicas da intoxicação por metanol começam a acontecer de 12 a 24 horas após a ingestão da substância e incluem:

  • alterações de comportamento;
  • sonolência;
  • incoordenação;
  • dor abdominal;
  • enjoo;
  • vômito;
  • dor de cabeça;
  • alterações visuais, como visão dupla, turvação visual, redução da acuidade visual e até cegueira;
  • em alguns casos, alterações hemodinâmicas, como queda da pressão arterial e aumento dos batimentos cardíacos.
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Diagnóstico de intoxicação por metanol

O diagnóstico começa com a avaliação epidemiológica e a história de exposição. “Não é comum uma pessoa jovem, previamente saudável, desenvolver subitamente esses sintomas. Quando a gente começou a ter um aumento de casos, foram justamente em pessoas sem qualquer fator de risco ou qualquer outro agravo que justificasse”, analisa o médico emergencista, Felipe Liger, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. “De certa forma, a gente acaba atuando um pouco como detetive.”

Em paralelo, outras causas são excluídas. A dosagem de metanol no sangue e a gasometria arterial são realizadas para confirmar a intoxicação. “A intoxicação por metanol é uma das grandes causas de alteração no pH do sangue, que pode ser avaliada por gasometria arterial.”

A equipe médica é alertada para avaliar obrigatoriamente a possibilidade de intoxicação por metanol em pacientes com idade compatível, história epidemiológica compatível de exposição e manifestações gastrointestinais ou neurológicas e visuais.

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