Ainda não havia leite no saquinho (de 1968), muito menos na caixinha (de 1972, mas popularizado quase duas décadas depois). Ordenhadas na hora, cabras (como nesta foto, do início dos anos 50) e vacas circulavam pelas ruas da cidade até a metade do século XX. Os vendedores, em grande parte imigrantes portugueses, usavam cornetas e buzinas para atrair a freguesia, que trazia suas próprias leiteiras e galões. “Acredito que ainda exista gente comercializando leite assim na periferia”, diz João Castanho Dias, autor do livro 500 Anos de Leite no Brasil, lançamento da editora Calandra.