São Paulo muda a forma de avaliar os estudantes
Ensino fundamental será dividido em três ciclos; termina a aprovação automática
Na manhã desta quinta-feira (15), o prefeito Fernando Haddad e o secretário de Educação Cesar Callegari reuniram imprensa e membros da comunidade escolar para apresentar o programa Mais Educação São Paulo, que estará disponível para consulta publica no site www.maiseducacaosaopaulo.com.br. “O que vamos propor não é uma invenção. É algo que a sociedade demanda”, disse Callegari pouco antes de explicar os tópicos do projeto.
As grandes mudanças estão centradas no currículo escolar e no modelo de avaliação dos alunos. Callegari quer dividir o ensino fundamental em três ciclos (alfabetização, interdisciplinar e autoral) para evitar grandes impactos na mudança de um ciclo para o outro, o que facilitaria a aprendizagem. No último nivel, o autoral, os estudantes terão que desenvolver uma espécie de projeto de conclusão de curso.
Outro ponto do programa é o fim da aprovação automática. Segundo Callegari, esse hábito é um dos responsáveis por 38% das crianças paulistanas até 8 anos não serem plenamente alfabetizadas. Ainda serão implementados um boletim comentado, recuperação intensiva nas férias e estuda-se adotar dependência a partir do 7° ano do ensino fundamental.
Além dos alunos, os professores também serão beneficiados pelo Mais Educação São Paulo. A ideia é que haja 31 novos polos da Universidade Aberta do Brasil para promover cursos de especialização e reciclagem nas unidades do Centro Educacional Unificado (CEU).
O Mais Educação São Paulo pretende construir 243 novas creches, 66 escolas de educação infantil e 38 escolas de educação fundamental, além de novas unidades do CEUs. Essas obras têm um custo estimado em 2,3 bilhões de reais.