MP investiga suposto esquema de rachadinha no gabinete do vereador Adrilles Jorge em SP
A denúncia foi feita por dois ex-assessores do servidor, que alegaram o repasse mensal de parte de seus salários para o gabinete

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) abriu uma investigação para apurar denúncias de um suposto esquema de rachadinha no gabinete do vereador Adrilles Jorge (União Brasil) na Câmara Municipal da capital paulista.
Segundo informações divulgadas pela RecordTV, dois ex-assessores do vereador disseram ser obrigados a devolver a quantia de R$ 1.500 por mês dos salários que recebiam da Câmara Municipal para o chefe de gabinete de Adrilles, Célio Rodrigues, a fim de se manterem nos cargos.
O MP-SP afirmou somente que as apurações ocorrem sob sigilo, mas com diligências em curso no órgão. De acordo com Adrilles, os ex-assessores foram exonerados pelo próprio vereador por “questões éticas”.
Em vídeo publicado nas redes sociais, o servidor se defendeu das acusações e afirmou que o episódio se refere ao pagamento feito por um dos ex-funcionários de duas prestações de R1,5 mil referentes à aquisição de um ar-condicionado.
Segundo o vereador, esse funcionário teria uma dívida com o então chefe de gabinete, e, por isso, teria custeado o equipamento, já que a Câmara Municipal não cubria o custo. Adrilles ainda relatou que os dois ex-assessores foram demitidos porque estavam usando o nome dele para “pegar dinheiro, se promover politicamente e usar suas senhas nas redes sociais para se promoverem”.
A dupla teria acusado o então chefe de gabinete da prática de rachadinha, em que funcionários devem parcelas do salário a seus superiores. O servidor foi afastado do gabinete até que as investigações sejam concluídas.