Motoristas sofrem com placas tortas, danificadas ou escondidas
Sinalização atrapalha trânsito
São Paulo tem cerca de 74 000 cruzamentos. Em boa parte deles, um poste com duas placas ajuda o motorista a saber em que ponto da capital está. Numa metrópole com uma frota circulante de 3,5 milhões de veículos e índices de congestionamento crescentes, essas identificações são essenciais para que o trânsito não se torne ainda mais caótico. “Quando as placas estão tortas ou escondidas, a fluidez fica comprometida”, afirma Elmir Germani, diretor da empresa de consultoria TTC – Engenharia de Tráfego e Transportes. “O condutor precisa reduzir a velocidade, e muitas vezes se forma uma fila atrás dele.” Não há estimativas oficiais sobre o número de sinalizações danificadas na cidade. Mas basta uma circulada atenta para verificar que esse é um problema frequente. “A principal causa é o vandalismo”, diz Regina Monteiro, diretora de Meio Ambiente e Planejamento Urbano da Empresa Municipal de Urbanização (Emurb). “Começamos recentemente um levantamento para apontar em que lugares a questão é mais crítica.”
As placas que indicam o sentido de vias importantes, bairros ou regiões também deixam de cumprir sua função. Elas muitas vezes ficam obstruídas por árvores ou semáforos. “A falta de cuidado na escolha dos locais para sua implantação é o que compromete a visibilidade”, afirma o engenheiro Gabriel Feriancic, especialista em transporte. Nesse caso, as subprefeituras são responsáveis pelo serviço de poda. Quando poucos galhos atrapalham a sinalização, o procedimento é simples, já que o corte não traz prejuízo às plantas. “Alguns bairros exigem maior planejamento”, diz o coordenador de áreas verdes da Secretaria de Subpre-feituras, André Graziano. “Em Higienópolis, por exemplo, as ruas são estreitas e há grande fluxo de veículos, o que dificulta a poda.”