Ele monta em sua moto às 4 da madrugada para distribuir presentes baratinhos. Durante quarenta minutos, espalha carrinhos, bonecos e afins por escolas, casas e empresas. Junto ao mimo, deixa uma carta com o título: “Entregue este brinquedo para uma criança que precisa de você”. Como um super-herói, José Barros esconde sua identidade atrás do codinome Motoboy Abandonado. Usa até fantasia: um capacete estilizado e capa de chuva. Os gastos com a iniciativa, cerca de 10 reais por saída, vêm de seu salário de entregador.
Por que você faz isso?
Há sete anos, fui abandonado por minha namorada. Daí o apelido. Só aliviei o vazio da perda em 2004: encontrei Jesus, fiz terapia e criei esse ato solidário.
Considera-se um benfeitor?
Trabalho mais que o Papai Noel. Distribuo presentes todos os dias do ano, de domingo a domingo. Ele só faz isso entre 24 e 25 de dezembro. Neste Natal, darei 300 presentes em apenas um dia.
O que ainda sonha fazer?
Quero construir o Parque do Motoboy, para crianças carentes.