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Mota-Engil vence leilão do Túnel Santos-Guarujá, primeiro projeto submerso do Brasil

Projeto ligará as duas cidades do litoral paulista e permitirá deslocamento em cinco minutos

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 6 set 2025, 11h08 - Publicado em 6 set 2025, 11h05
balsa-santos-guarujá
Atualmente, a travessia é realizada por meio de balsas (Governo de SP/Reprodução)
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A empresa portuguesa Mota-Engil venceu o leilão de concessão do túnel submerso que ligará as cidades de Santos e Guarujá, no litoral de São Paulo. A cerimônia ocorreu nesta sexta-feira (5), às 16h, na Bolsa de Valores B3, na capital paulista.

Aporte público

Com investimento estimado em R$ 6,8 bilhões, o projeto será realizado por meio de uma parceria entre os governos público e privado, que dividirão igualmente o aporte público de até R$5,1 bilhões. Além da companhia portuguesa, também disputou o leilão a espanhola Acciona Concesiones. O arremate foi marcado pela ausência de empreiteiras nacionais.

Após oferecer o maior desconto em relação ao valor que será pago pelo poder público mensalmente, a Mota-Engil foi anunciada como vencedora. O contrato, com duração de 30 anos, contempla a construção, operação e manutenção do empreendimento. 

Túnel submerso

Primeiro projeto submerso do Brasil, o Túnel Santos-Guarujá permitirá que veículos realizem em até cinco minutos o deslocamento entre as duas cidades. Atualmente, o trajeto é feito por meio de balsas que levam 15 minutos para a travessia, tempo que pode ser afetado por ventos. Pela estrada, o deslocamento pode durar cerca de uma hora.

O projeto prevê 1,5 quilômetro de extensão, sendo 870 metros imersos, com módulos de concreto pré-moldados instalados sob o leito do canal portuário. Além de veículos, o túnel também contará com faixas para pedestres e ciclistas.

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Benefícios econômicos e ambientais

Além de reduzir drasticamente o tempo de deslocamento, o túnel deve impulsionar o turismo, fomentar a economia regional e contribuir para a diminuição da emissão de poluentes, ao estimular o uso de modais coletivos e não motorizados, como prevê o governo.

A expectativa é que, com a conclusão da obra, a região se consolide como referência em mobilidade sustentável e desenvolvimento urbano integrado.

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