Morre o único sobrevivente brasileiro do Holocausto, Andor Stern

Ele tinha 94 anos e faleceu em casa, na capital paulista

Por Redação VEJA São Paulo SEGUIR SEGUINDO
7 abr 2022, 18h10

Imagem mostra Andor em uma sala de aula, sorrindo, usando óculos e camisa social

O paulistano Andor Stern faleceu nesta quinta-feira aos 94 anos de idade. Considerado o único sobrevivente brasileiro do Holocausto nazista, Stern morreu em casa, na capital paulista.

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O falecimento foi comunicado pelas redes sociais do idoso. “Nossa família agradece desde já por todas as mensagens de apoio e palavras de carinho. Andor dedicou grande parte de seu tempo às suas palestras sobre o Holocausto, ensinando os horrores do período para que não se neguem nem se repitam, e motivando as pessoas a valorizarem e agradecerem a vida e a liberdade. O carinho de vocês sempre foi muito importante para ele”, diz o texto. A causa da morte não foi revelada.

Ele deixou cinco filhos e foi enterrado no Cemitério Israelita do Embu, na Região Metropolitana.

A VIDA DE STERN

Andor nasceu em São Paulo em 1928 mas se mudou para a Hungria quando criança, junto com os pais. A vida de sua família mudou quando Adolf Hitler invadiu a Polônia e deu início à Segunda Guerra Mundial. Com domínio alemão na Hungria, Stern, a mãe, avós e tios foram enviados para o campo de extermínio de Auschwitz, em 1944.

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Todos morreram em câmeras de gás, tirando Stern. Ele levava no braço a tatuagem que o identificava no campo de concentração, o número 83892.

Em 1945, após o fim da guerra, ele foi libertado, viveu três anos na Hungria e regressou ao Brasil. Uma biografia sobre sua história foi lançada, o livro Uma Estrela na Escuridão.