Boa parte dos mais de 500 projetos do arquiteto paulistano Joaquim Manoel Guedes Sobrinho não foi realizada em São Paulo. De sua prancheta, por exemplo, saiu o planejamento urbanístico de cidades como Caraíba, na Bahia, e Carajás, no Pará. Em entrevista a VEJA em 1986, lamentou não ter nada de sua autoria construído na Avenida Paulista. “Considero-a uma expressão importantíssima do processo urbano brasileiro”, disse. Professor aposentado da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, ele ocupava desde janeiro a presidência do Instituto dos Arquitetos do Brasil. No último domingo, morreu atropelado na Avenida Nove de Julho, no Itaim, próximo ao prédio onde morava. Tinha 76 anos.