Morre Boris Fausto, historiador e cientista político, aos 92 anos
O velório será realizado às 8h de quarta-feira (19) na Funeral Home, próximo à Avenida Paulista
O historiador e cientista político Boris Fausto morreu nesta terça-feira (18) em São Paulo, aos 92 anos. A informação foi confirmada pela Fundação FHC.
A Fundação FHC lamenta o falecimento de Boris Fausto, advogado, professor, livre-docente em Ciência Política, escritor e um dos maiores historiadores do Brasil. pic.twitter.com/7LtKagTVb4
— Fundação FHC (@fundacaofhc) April 18, 2023
O velório será realizado às 8h de quarta-feira (19) na Funeral Home, próximo à Avenida Paulista. Ele deixa dois filhos, o antropólogo Carlos Fausto e o cientista político Sergio Fausto, diretor-geral da Fundação FHC, e quatro netos.
Seu primeiro livro foi A Revolução de 1930 – Historiografia e História, publicado em 1970 e considerado um clássico dos estudos de ciência política e social no país. Na obra, Fausto contesta a defesa de São Paulo durante a Revolução de 1930 e a Revolução Constitucionalista de 1932.
Nascido na capital paulista em 8 de dezembro de 1930, Boris Fausto se tornou bacharel em direito em 1953 pela Universidade de São Paulo. Treze anos depois, graduou-se em história pela mesma instituição e conquistou um doutorado na área em 1969. Passou a integrar a Academia Brasileira de Ciências em 2001.
Em sua carreira como escritor, mudou seu perfil e passou a escrever livros sobre crimes famosos em meados dos anos 2000. Um deles foi o “crime da mala”, caso do assassinato de Maria Féa por seu marido, o imigrante italiano Giuseppe Pistone, que ocultou o corpo em uma mala no bairro da Luz, Centro de São Paulo.
Dessa forma, Fausto se tornou um dos precursores do true crime no país, quando o termo ainda nem existia.