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Frio mata ao menos quatro moradores de rua em São Paulo, diz pastoral

Neste domingo (12), um homem foi achado morto na calçada da Avenida Paulista, sem sinais de violência física

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 27 dez 2016, 17h14 - Publicado em 13 jun 2016, 17h39
Vista aérea da Avenida Paulista à noite
Vista aérea da Avenida Paulista. (Anderson Santiago/Divulgação)
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Ao menos quatro moradores de rua morreram em junho em consequência das baixas temperaturas na capital paulista, segundo a Pastoral do Povo de Rua. Além dos corpos encontrados na Avenida Paulista, na região central, e no Belenzinho, na Zona Leste, a entidade ligada à Arquidiocese de São Paulo informou que duas vítimas foram achadas na região de Santana, na Zona Norte.

De acordo com a pastoral, as duas pessoas encontradas em Santana ainda não foram identificadas. “Tudo leva a crer que a causa próxima da morte deles foi o frio”, disse, em nota, a entidade. “Aos poderes públicos, apelamos a que se realizem ações emergenciais de socorro aos moradores de rua durante os dias frios e se promovam políticas estáveis e permanentes para assegurar a dignidade dessas pessoas.”

Mortes

Neste domingo (12), o morador de rua Adilson Roberto Justino, cuja idade não foi divulgada, foi achado morto na calçada da Avenida Paulista, sem sinais de violência física.

Segundo uma testemunha, ele morreu após apresentar convulsões. O local passou por perícia e o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para que seja determinada a causa da morte.

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Na sexta-feira (10), João Carlos Rodrigues, de 55 anos, foi encontrado por seguranças do Metrô morto na rampa de acesso à Estação Belém. O corpo não apresentava sinais de violência. A Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social do município informou que ele não teve nenhuma passagem pelos centros de acolhida de São Paulo.

Segundo a secretaria, apenas nos arredores do Metrô Belém, são feitas, em média, três abordagens para oferecer acolhimento a moradores de rua. Ainda segundo a pasta, desde o dia 15 de maio, foram registrados mais de 240 000 acolhimentos pelos programa Operação Baixas Temperaturas. Apenas na madrugada de sexta-feira, foram 10 963 acolhimentos.

A Operação Baixas Temperaturas é colocada em ação quando há registro de temperaturas abaixo de 13ºC. Nesses dias, em caráter excepcional, as vagas nos Centros de Acolhida são ampliadas de acordo com a demanda.

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Frio recorde

A capital paulista registrou 3,5ºC de temperatura mínima na madrugada desta segunda-feira, 13, na estação meteorológica do Mirante de Santana, a menor em 22 anos, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O valor é o mais baixo desde 10 de julho de 1994, quando os termômetros marcaram apenas 0,8ºC.

Ainda de acordo com o Inmet, o recorde de frio anterior tinha sido registrado na sexta-feira, com 5,5ºC. Em toda a série histórica do instituto, a menor temperatura vista na capital foi de -2,1ºC, em 2 de agosto de 1955.

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No amanhecer desta segunda-feira, houve relatos de geada em diversos bairros da capital e de cidades da região metropolitana.

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Temperatura negativa. O Inmet também registrou a menor temperatura do ano no Estado: -3,6ºC em Barra do Turvo, no Vale do Ribeira. A mesma cidade havia tido -2,9ºC neste domingo.

Em Campos de Jordão, houve registro de geada forte com mínima de -1,1°C. Já em Rancharia, no Vale do Paranapanema, a mínima foi de -2,6ºC, a segunda menor do Estado. Também foram registradas temperaturas negativas em São Miguel do Arcanjo (-2,5ºC) e São Luís do Paraitinga (-1,7ºC).

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