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Metanol: suspeitas de intoxicação em SP atingem menor patamar desde início do mês

408 suspeitas já foram descartadas, e 19 casos seguem sob investigação

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
21 out 2025, 15h35
Casos de intoxicação por metanol deixa população em alerta
 (João Valério/Governo de SP/Divulgação)
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O estado de São Paulo tem 19 casos suspeitos de intoxicação por metanol, o menor número desde 2 de outubro, quando a Secretaria de Estado da Saúde passou a disponibilizar o balanço de casos.

Até segunda-feira (20), o estado já havia descartado 408 suspeitas. O total de casos confirmados é de 38, com seis mortes. As vítimas fatais foram três homens de São Paulo, de 54, 46 e 45 anos, uma mulher de 30 anos de São Bernardo do Campo, um homem de Osasco de 23 anos e um homem de 37 anos de Jundiaí.

Operação policial

Na noite de sexta-feira (17), fiscais da Procon-SP e agentes da Polícia Civil de São Paulo encontraram garrafas com suspeita de adulteração, sem informação do lote, em estabelecimento na zona leste. Os materiais foram apreendidos e encaminhados para análise.

Até agora, 64 pessoas foram presas nas investigações de irregularidades na venda de bebidas em São Paulo e mais de 22 mil garrafas foram apreendidas desde o dia 29 de setembro.

O que é o metanol?

O metanol é um álcool utilizado como adulterante de combustível de automóvel e de bebidas alcoólicas, por fábricas clandestinas e falta de controle rigoroso na fabricação. Também é encontrado em fluido limpador de para-brisas e é matéria-prima para a fabricação de biodiesel.

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Embora o metanol em si não seja tóxico, a toxicidade surge da metabolização no corpo, que forma metabólitos tóxicos para o organismo, especialmente para o sistema nervoso central.

Quando o metanol é ingerido, ele é metabolizado por uma enzima chamada álcool desidrogenase e vira um formaldeído. Posteriormente, é transformado em ácido fórmico por outra enzima chamada aldeído desidrogenase. Os produtos dessa transformação são responsáveis pelas alterações gastrointestinais, neurológicas e pelo depósito direto do álcool no aparelho ocular.

Sintomas de intoxicação por metanol

As manifestações clínicas da intoxicação por metanol começam a acontecer de 12 a 24 horas após a ingestão da substância e incluem:

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  • alterações de comportamento;
  • sonolência;
  • incoordenação;
  • dor abdominal;
  • enjoo;
  • vômito;
  • dor de cabeça;
  • alterações visuais, como visão dupla, turvação visual, redução da acuidade visual e até cegueira;
  • em alguns casos, alterações hemodinâmicas, como queda da pressão arterial e aumento dos batimentos cardíacos.

Diagnóstico de intoxicação por metanol

O diagnóstico começa com a avaliação epidemiológica e a história de exposição. “Não é comum uma pessoa jovem, previamente saudável, desenvolver subitamente esses sintomas. Quando a gente começou a ter um aumento de casos, foram justamente em pessoas sem qualquer fator de risco ou qualquer outro agravo que justificasse”, analisa o médico emergencista, Felipe Liger, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. “De certa forma, a gente acaba atuando um pouco como detetive.”

Em paralelo, outras causas são excluídas. A dosagem de metanol no sangue e a gasometria arterial são realizadas para confirmar a intoxicação. “A intoxicação por metanol é uma das grandes causas de alteração no pH do sangue, que pode ser avaliada por gasometria arterial.”

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A equipe médica é alertada para avaliar obrigatoriamente a possibilidade de intoxicação por metanol em pacientes com idade compatível, história epidemiológica compatível de exposição e manifestações gastrointestinais ou neurológicas e visuais.

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