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‘Medos Privados em Lugares Públicos’ completa três anos em cartaz

Longa já foi visto por 90 000 pessoas e é considerado um recordista das telas de cinema

Por Jonas Lopes
Atualizado em 5 dez 2016, 18h43 - Publicado em 9 jul 2010, 20h24

Não se trata de um blockbuster capaz de levar milhões de pessoas ao cinema, a exemplo de ‘Avatar’ ou ‘Eclipse’ — para citar alguns fenômenos recentes. Ainda assim, Medos Privados em Lugares Públicos alcançou marcas impressionantes. Na terça (13), a fita dirigida pelo diretor francês Alain Resnais completa três anos em cartaz na cidade e segue sem previsão de deixar as telas. Pode ser vista em um único horário, às 14h40, na sala Carmen Miranda, do Cine Belas Artes. “Faz parte da nossa política dar chance ao filme, deixá-lo crescer no boca a boca”, diz André Sturm, um dos sócios do cinema, dono também da distribuidora Pandora, responsável pelo lançamento. De julho de 2007 até domingo passado (4), 90 316 espectadores apreciaram a fita em São Paulo. Isso, mesmo com ela já disponível em DVD há um ano. VEJA SÃO PAULO conferiu a sessão da última segunda (5).

Treze espectadores compareceram, número considerado bom para um início de tarde em começo de semana. No dia anterior, o público foi de 35 pessoas. Casos de resistência como esse são raros. Nos últimos 25 anos, nenhum filme ficou tanto tempo nos cinemas. Em 2004, o longa argentino ‘O Filho da Noiva’ deixou as telas paulistanas depois de dezoito meses. De 1986 a 1989, 9 ‘1/2 Semanas de Amor’ ficou trinta meses em cartaz.

‘Medos Privados em Lugares Públicos’ explora, em uma Paris repleta de neve, os dramas de seis personagens cujas vidas se entrecruzam. Solitários, eles conversam muito ao longo das duas horas de projeção. Temem, porém, revelar seus sentimentos mais íntimos. Apesar de não ser tão difícil e intelectualizado quanto os primeiros trabalhos de Resnais, os cerebrais ‘Hiroshima’, ‘Meu Amor’ (1959), ’Ano Passado em Marienbad’ (1961) e ‘Muriel’ (1963), o longa possui uma narrativa sofisticada. “Além de madura, a trama explora sentimentos universais”, opina o funcionário público aposentado Antonio de Medeiros, que na segunda conferia o filme pela primeira vez. Para Sturm, o segredo do sucesso é a maneira delicada com que o cineasta conduz a história. “É melancólica sem ser trágica, não há um final feliz, mas os personagens seguem atrás de dias melhores. Por isso os espectadores se identificam.”

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