Continua após publicidade

Médico narra resgate de criança atingida por árvore

Menina de 3 anos teve traumatismo craniano e lesões no abdome e na perna. Ela está internada e seu quadro é estável

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 27 dez 2016, 17h48 - Publicado em 19 Maio 2016, 10h02

Médico do Grupo de Resgate e Atendimento a Urgências (Grau) há sete anos, Mauricio Augusto Gonçalves, de 39 anos, teve de deixar a emoção de lado na tarde de segunda (16) ao ver Maria Luiza, de 3 anos, inconsciente, sendo retirada de baixo de uma árvore que caiu sobre a barraca onde ela estava, em uma feira no Largo da Concórdia, no Brás. Em estado de choque, com traumatismo craniano e lesões no abdome e na perna, Maria Luiza estava em estado tão grave que, de acordo com o médico, a morte era quase certa se as intervenções não tivessem sido feitas rapidamente.

“Ela não chegou a sofrer uma parada cardíaca, mas dizemos que ela teve de ser ressuscitada no aspecto clínico. Teve de ser entubada, sedada, receber soro. Ela tinha baixa pressão e, se não fizéssemos algo rápido, poderiam ocorrer danos cerebrais maiores ou uma pneumonia por aspiração. Ela poderia ter morrido rapidamente”, explica o médico.

Também haviam sido atingidas pela árvore durante um vendaval a mãe da menina, Deyse Cristina Oliveira Sousa Santos, de 31 anos, e uma funcionária da barraca, de 22 anos, que teve a morte constatada no local. Deyse foi a primeira a ser resgatada. Com fraturas nas pernas e nos braços, ela reclamava de dores e mostrava desespero ao não saber o estado da filha.

Segundo o médico, em uma escala utilizada para avaliar a consciência e a gravidade de pacientes afetados por traumatismo craniano, chamada escala de coma de Glasgow, Maria Luiza estava no pior nível, equivalente a um coma profundo. 

+ Confira as últimas notícias da cidade 

Continua após a publicidade

Felicidade

As ações da equipe médica duraram cerca de 40 minutos, parte deles já dentro da ambulância, enquanto a criança era transportada para o pronto-socorro da Santa Casa. “É uma situação que mexe com a gente de forma diferente, a emoção existe, mas ela não pode se sobrepor à parte técnica”, diz o médico, que se encontrou no dia seguinte com a família da criança. “Eles estão agradecidos por termos salvado a Maria Luiza e a mãe, e a gente fica feliz por ver que as duas estão evoluindo”, diz.

De acordo com a assessoria da Santa Casa de São Paulo, mãe e filha seguem internadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital com quadro estável. A menina ainda está sedada, mas apresentou evolução. 

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Domine o fato. Confie na fonte.
10 grandes marcas em uma única assinatura digital
Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

a partir de R$ 39,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.