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Medicina da USP cancela festas na universidade

Suspensão ocorreu após alunas terem relatado estupros em confraternizações

Por Veja São Paulo
Atualizado em 5 dez 2016, 13h49 - Publicado em 19 nov 2014, 07h27

A direção da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) emitiu nesta terça-feira (18) uma resolução que suspende as festas realizadas pelo Centro Acadêmico no câmpus da universidade. A medida foi adotada após a denúncia de estupros ocorridos em confraternizações da faculdade.

+ Alunas de medicina da USP relatam estupros em festas estudantis

A decisão da direção foi tomada emergencialmente, pois, nesta quarta, estava marcada a festa Quarta Insana, que reuniria estudantes da Medicina, Nutrição e Enfermagem. Segundo a direção da faculdade, a suspensão foi tomada em conjunto para evitar qualquer tipo de situação que possa resultar em infrações.

O cancelamento das festas será válido até o dia 26 de novembro, na próxima quarta-feira, quando a Congregação da Faculdade de Medicina fará uma reunião extraordinária para discutir as denúncias de estupro. A direção vai discutir quais medidas podem ser adotadas para regular as festas dos estudantes ou até mesmo suspender as confraternizações no interior da universidade.

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A Associação Atlética Acadêmica (AAAOC) recebeu a notificação e cancelou o evento desta quarta, que já tinha mais de 500 convidados confirmados. A reportagem entrou em contato com o CAOC, que preferiu não se manifestar.

Denúncias

Há uma semana, duas alunas da USP relataram publicamente estupros sofridos em festas promovidas por alunos da instituição na capital. Os depoimentos foram realizados em audiência pública na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Uma estudante do 4º ano, de 24 anos, disse que sofreu dois estupros em 2011 em festas da associação.

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Outra estudante, também sem identificação, contou que foi violentada sexualmente na festa Cervejada, em 2013, organizada pelos estudantes de medicina. Ela disse ter sido abordada por dois alunos, do 4º e do 5º ano, que a chamaram para beber no carro de um deles. Quando a jovem foi até o local, afirmou ter sido abusada. “Passaram a mão nas minhas partes íntimas. Eu gritei para que parassem e continuaram”.

O Ministério Público abriu inquérito no final de agosto para apurar o caso. Nesta quarta, uma comissão da FMUSP vai prestar depoimento no MP sobre oito denúncias de violência sexual. Segundo os promotores que investigam o caso, as vítimas afirmam que “não houve suporte” da diretoria da faculdade na apuração dos casos.

(Com Estadão Conteúdo)

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