Masp recebe mostra de Amedeo Modigliani
O artista foi um dos mais importantes nomes da arte italiana do início do século XX e a mostra tem ao todo 230 obras

Morto aos 35 anos, Amedeo Modigliani (1884-1920) foi um dos mais importantes nomes da arte italiana do início do século XX. Desenvolveu, ao todo, 320 pinturas e 27 esculturas, das quais catorze peças — além de 23 desenhos — integram a mostra “Modigliani: Imagens de uma Vida”, em cartaz a partir de quinta (17) no Masp. Vindas do Instituto Modigliani, de Roma, e de coleções particulares, as obras são exibidas em ordem cronológica, com curadoria do professor francês Christian Parisot. Gravuras de Pablo Picasso e Léonard Foujita, entre trabalhos de outros amigos, ajudam a compor a montagem. O espectador terá a oportunidade de desvendar a personalidade do pintor, conhecido por ser boêmio e galanteador, através de diários, cartas e fotografias. No total, são 230 itens.
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Autodidata, Modigliani criou um estilo simples e de pinceladas rápidas que se modificou ao longo dos anos e se definiu depois de sua mudança para a França, aos 22 anos. Lá, conviveu com os principais personagens da cena artística parisiense e atingiu o auge em 1917. Dedicou-se principalmente ao retrato. Suas figuras são alongadas, geralmente de pescoço comprido e com grande destaque para os olhos. Um dos exemplos do início de sua carreira com algumas dessas características é “Jeune Femme Assise — Madame Cadorin”, de 1905. Apelidado de pintor da alma, não foi tão bem-sucedido na escultura, sobretudo devido aos constantes problemas de saúde. Insistiu no gênero de 1909 a 1913, incentivado pelo mestre romeno Constantin Brancusi.