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Masp tem ato de mulheres contra Eduardo Cunha

Manifestantes lutam contra aprovação do Projeto de Lei 5069

Por Veja São Paulo
Atualizado em 1 jun 2017, 16h30 - Publicado em 12 nov 2015, 18h38
Protesto mulheres contra Cunha
Protesto mulheres contra Cunha (Veja São Paulo/)
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Um protesto contra o deputado Eduardo Cunha ocorre na tarde desta quinta (12) no vão do Masp. Composto principalmente por mulheres, o grupo luta contra a aprovação do Projeto de Lei 5069, que, entre outras coisas, dificulta o acesso à pílula do dia seguinte e obriga as vítimas de estupro a passarem por exame de corpo de delito antes de recorrer a métodos abortivos. O projeto é de autoria de Cunha e mais onze parlamentares.

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O ato começou por volta das 17h. Cartazes como “pílula fica, Cunha sai” e “aborto legal para não morrer” são empunhados por parte das cerca de 1 000 pessoas que estão no local. Até o começo da noite, a Polícia Militar não havia divulgado uma contagem oficial. Grávidas e crianças fazem coro às reivindicações.

Por volta das 19h15, a pista sentido Consolação da Paulista estava fechada. O grupo deve seguir para o centro pela Rua da Consolação e terminar o ato do Largo do Paissandu. 

É a terceira manifestação contra a PL 5069 no local – a primeira foi no dia 30 de outubro e reuniu cerca de 5 000 pessoas, a segunda foi no dia seguinte (31) e reuniu 1 500 pessoas. Nesses atos elas marcharam pela Avenida Paulista e Rua da Consolação até a Praça Roosevelt, no centro. No dia seguinte, a Catedral da Sé amanheceu pichada.

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Protesto mulheres contra Cunha
Protesto mulheres contra Cunha ()

ESTUPRO

Na reportagem de capa desta semana VEJA SÃO PAULO revelou que das cerca de 1500 interrupções de gravidez em vítimas de violência sexual atendidas no hospital paulistano Pérola Byngton em quase 21 anos, 65% foram de mulheres adultas e 35% em crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos de idade. Somente o obstetra Jefferson Drezett, que montou o Serviço de Violência Sexual e Aborto Legal do local, executou 600 no período.

Pacientes de classe média recorrem ao hospital, mas a maior parte vem de famílias mais pobres. Quando o caso envolve vítimas menores de 15 anos, o agressor está próximo ou dentro de casa. São padrastos, tios, cunhados e até mesmo os próprios pais e avôs. As maiores de idade costumam ser atacadas na rua por desconhecidos, parceiros ou ex-namorados.

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